SAÚDE

Odontologia hospitalar: o cuidado que começa pela boca

Cirurgiã-dentista reforça benefícios obtidos a partir do cuidado com a saúde bucal

Atuação dos profissionais ganha destaque como essencial para a recuperação de pacientes graves - Divulgação

No Dia do Cirurgião-Dentista, celebrado nesse sábado (25), o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) chama atenção para a atuação desse profissional nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ganhando destaque como essencial para a recuperação de pacientes graves.

A cirurgiã-dentista Fabiana Mota, coordenadora do Serviço de Odontologia Hospitalar do Imip, reforça que o cuidado com a saúde bucal é parte fundamental do tratamento intensivo.

“A boca é uma porta de entrada para infecções. Em pacientes entubados, por exemplo, o acúmulo de biofilme oral pode levar à pneumonia associada à ventilação mecânica, uma das principais causas de complicações em UTIs”, explica Fabiana.

Segundo ela, a presença do cirurgião-dentista na equipe multidisciplinar contribui diretamente para a redução de infecções hospitalares e melhora dos desfechos clínicos. A especialista destaca que o trabalho do dentista hospitalar vai muito além da higienização bucal.

“Fazemos diagnóstico, tratamento de lesões, controle de focos infecciosos e acompanhamos a evolução clínica do paciente. É uma atuação técnica, mas também sensível, que exige integração com médicos, enfermeiros e fisioterapeutas”, afirma.

Fabiana também ressalta que o reconhecimento da Odontologia Hospitalar como especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia fortalece a importância dessa atuação.

“Esse reconhecimento é um avanço. Mostra que o cuidado com a saúde bucal não pode ser visto como algo secundário, mas como parte do plano terapêutico desde o primeiro dia de internação”, complementa.

Para ela, o cirurgião-dentista é um agente de saúde que atua diretamente na preservação da vida.

“Nossa presença na UTI é silenciosa, mas decisiva. Cuidar da boca é cuidar do corpo inteiro. E isso pode fazer toda a diferença na recuperação de um paciente crítico”, finaliza.