Arnaldo cita volta por cima no Náutico e importância de Hélio no acesso
Atleta era um dos remanescentes da temporada que seguiu no Timbu e ajudou no retorno à Série B
O acesso do Náutico em 2025 começou a ser construído, em parte, no final de 2024. Na montagem do atual elenco, o Timbu, mesmo vindo da frustração de não ter avançado ao quadrangular da Série C do Campeonato Brasileiro, optou por renovar com alguns atletas. Um deles foi o lateral-direito Arnaldo. Peça que se manteve na equipe principal nesta temporada, ajudando na conquista do acesso à Série B.
“Quando o resultado coletivo não vem, a tendência é mudar e dizer que nada deu certo. Mas a diretoria foi muito assertiva. Não poderíamos começar do zero. Ficar com uma base ajudou muito. Eu fiquei, Paulo Sérgio, Bruno Mezenga, então isso foi bom para receber também quem estava chegando, explicando como era o clube. Veio também Vinícius, que mostrou depois para gente como era ser Náutico. Tudo isso foi importante”, avaliou o lateral, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco.
Início
O ano não começou como os alvirrubros imaginavam. Eliminações precoces no Campeonato Pernambucano e na Copa do Nordeste aumentaram a pressão na busca pelo acesso à Série C. Já na estreia do torneio, diante do Itabaiana, veio a derrota por 2x1 e a demissão do técnico Marquinhos Santos. Dias depois, chegou Hélio dos Anjos. Mudança que mexeu no elenco.
“Quando Hélio chegou, deixamos de pensar no passado e focar no futuro. Não dava para continuar como estava. Ele resgatou alguns jogadores que não vinham atuando muito. Foi importante também porque ele já tinha conquistas pelo Náutico. Ele trouxe, junto com a comissão dele, essa ideia de vencer no clube”, apontou.
“Ele é um cara correto. Nossa primeira conversa foi dura, mas falando coisas importantes. O jogador não pode receber somente tapinha nas costas. É preciso ser cobrado. O ponto principal dele é a verdade, o olho no olho. Ele passou muita confiança para a gente”, completou.
Arnaldo fechou a Série C com um gol e quatro assistências. Um dos passes que terminou em bola na rede foi o para Patrick Allan, na vitória por 1x0 diante do Brusque, na abertura do quadrangular. Um começo promissor, mas que depois virou preocupante, com os tropeços em casa para Guarani e Ponte Preta.
Mesmo chegando sem depender apenas de si para subir de divisão, Arnaldo contou que o elenco não perdeu a esperança na reação. “Internamente, em momento algum duvidamos do acesso. O grupo continuou resiliente, mesmo perdendo os dois jogos em casa. O destino quis que fosse mais sofrido. A gente sabia que seria coroado no fim”, apontou, relembrando a emoção na chegada aos Aflitos na partida diante do Brusque, no encerramento do quadrangular.
Lembranças
“Arrepia só de lembrar. Ali, a vontade já era entrar direto para jogar. A torcida, no campeonato inteiro, nos apoiou, com uma atmosfera linda. No quadrangular, mesmo perdendo os primeiros jogos, eles gritaram que a gente iria subir. Todo mundo estava acreditando”, frisou.
“Eu já joguei Libertadores, Série A, mas nenhum momento foi tão marcante quanto esse agora no Náutico. Vejo pessoas na rua me parando, me chamando de ‘incansável’. Isso ficou marcado na história. Eu até me emociono porque, mesmo com um ano difícil, eu sabia que ia dar a volta por cima, dando alegria ao torcedor. Estou muito feliz aqui”, declarou.