Alíquota mínima de Imposto de Renda: calculadora mostra como ficará a sua tributação
Ferramenta do GLOBO estima o percentual de cobrança para a alta renda. Nova regra vale para contribuintes com ganho anual acima de R$ 600 mil
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira o projeto do governo que prevê isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Para compensar a perda de arrecadação, será criada uma alíquota mínima de IR para a alta renda.
Não se trata de uma alíquota adicional ao que já é pago hoje, mas, sim, de um patamar mínimo que os contribuintes com renda acima de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês, terão que pagar. Essa alíquota sobe numa "escadinha" até chegar a 10% para quem ganha mais do que R$ 1,2 milhão anuais, ou R$ 100 mil por mês.
Confira abaixo qual será a alíquota no seu caso:
Diferentes perfis de contribuinte
A nova alíquota mínima para a alta renda representa uma mudança na sistemática de cobrança do IR. Não significa que haverá aumento de tributação para todos. Quem hoje já paga IR acima desse patamar mínimo, como no caso dos contribuintes que têm a maior parte da sua renda oriunda de salários, não deverá sentir nenhuma mudança.
Por sua vez, quem pagará mais com a nova alíquota mínima serão os contribuintes cuja renda venha predominante do lucro de empresas, tipo de rendimento que atualmente não paga IR na pessoa física.
É o caso de sócios de microempresas optantes pelo Simples. Ou de profissionais liberais que prestam serviços por meio de empresas enquadradas neste regime, disponível para as firmas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
A nova alíquota mínima terá uma escadinha, com alíquotas que sobem de acordo com o patamar de renda:
O Ministério da Fazenda estima que a nova sistemática só vai aumentar a tributação para 141 mil contribuintes, que estão no topo da pirâmide de distribuição de renda.