Grammy Latino 2025: Brasil e Pernambuco chegam fortes na premiação, que acontece nesta quinta (13)
A premiação que contempla a indústria musical latina acontece hoje (13), em Las Vegas, nos Estados Unidos
Hoje à noite a indústria da música latina volta os olhares à MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, Estados Unidos. É lá que acontece a 26ª edição do Grammy Latino - premiação que reconhece a excelência técnica e artística da música feita especialmente nas línguas espanhola e portuguesa.
Como todos os anos, a música brasileira está representada na premiação, com pernambucanos, inclusive. Este ano, cinco nomes da 'Terra dos Altos Coqueiros' estão concorrendo, sendo quatro deles na mesma categoria. Aliás, a categoria "Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa" está praticamente tomada por nomes locais.
Concorrem nesta categoria o álbum "Dominguinho", projeto de João Gomes junto a Jota.pê e Mestrinho; "Casa Coração", de Joyce Alne; "Universo de Paixão", de Natascha Falcão e "Transespacial", de Fitti. Eles disputam com o fadista português Camané, pelo álbum "Camané Ao Vivo no CCB: Homenagem José Mário Branco".
O outro pernambucano concorrente à premiação é Léo Foguete, petrolinense de 21 anos que estourou no streaming com uma música que trafega pelo forró eletrônico flertando com a música sertaneja. Seu álbum “Obrigado, Deus” concorre na categoria “Álbum de Música Sertaneja”.
Liniker, a grande aposta
A cantora Priscila Senna também está no time pernambucano no Grammy. In loco, a "Rainha do Brega" foi ver de perto a premiação que tem Liniker como um dos nomes cotados para sagrar-se vencedora com o álbum "Caju" (2024), que contou com a participação da artista na faixa "Pote de Ouro".
“Caju” está repleto de participações, com Lulu Santos, Pablo Vittar e BaianaSystem entre elas, e ainda com outros pernambucanos, Amaro Freitas e Henrique Albino.
Ainda sob os auspícios do aclamado álbum, Liniker é a brasileira com maior número de indicações ao Grammy Latino. São sete, sendo três em categorias principais: “Ao Teu Lado” (Gravação do Ano); "Caju" (Álbum do Ano); e “Veludo Marrom” (Canção do Ano).
Liniker já havia vencido o Grammy Latino, em 2022, com “Indigo Borboleta Anil” (“Melhor Álbum de Música Brasileira”), sendo a primeira cantora travesti a ganhar o prêmio.
Brasil no Grammy
Seja concorrendo ou com números musicais, o Brasil segue, como sempre, tomado por representantes na premiação. Além de Liniker, estão na disputa Marina Sena, Hamilton de Holanda, Julia Mestre, Alcione, BaianaSystem, Marcelo D2 e Zeca Pagodinho, entre outros.
O Grammy Latino é dividido em duas partes: a Première e a cerimônia principal. É na Première – que será apresentada por Tiago Iorc e pela porto-riquenha Kany García – que é anunciada maior parte das premiações, especialmente as categorias voltadas para a Língua Portuguesa. E é aí que a música brasileira abocanha grande parte dos prêmios.
O Brasil sempre teve uma forte presença no Grammy Latino. As premiações específicas voltadas para a Língua Portuguesa têm o País como foco principal.
Mesmo sendo voltadas para abarcar a produção musical de todos os países lusófonos, não apenas produções brasileiras, na prática, mais de 90% dos indicados são nacionais. Isso porque temos o maior mercado fonográfico lusófono do mundo e por concentrar maior parte das gravadoras, artistas e produções registradas.
Isso se reflete em categorias específicas, só possíveis – dentro do universo lusófono – à música brasileira: MPB, samba, sertanejo, pagode, forró etc.