Suíça anuncia acordo com EUA para reduzir tarifas a 15%
As empresas suíças comprometeram-se a investir 200 bilhões de dólares (1,05 trilhão de reais) nos Estados Unidos até o final de 2028
O governo suíço anunciou, nesta sexta-feira (14), que os Estados Unidos aceitaram reduzir as tarifas sobre seus produtos de 39% para 15%.
"A Suíça e os Estados Unidos encontraram uma solução: as tarifas serão reduzidas para 15%. Agradecemos ao presidente [Donald] Trump pelo seu compromisso construtivo", anunciou o Conselho Federal no X, onde indicou que um encontro com o representante da Casa Branca para o Comércio (USTR), Jamieson Greer, "foi produtivo".
As empresas suíças comprometeram-se a investir 200 bilhões de dólares (1,05 trilhão de reais) nos Estados Unidos até o final de 2028, no âmbito do acordo alcançado com Washington.
Em virtude desta "declaração de intenção assinada com os Estados Unidos após intensas negociações (...), as empresas suíças têm a intenção de realizar 200 bilhões de dólares em investimentos diretos nos Estados Unidos até o final de 2028. Esses investimentos também incluem elementos destinados a reforçar a formação profissional", anunciou o Conselho Federal em um comunicado.
Autoridades e empresários suíços multiplicaram os contatos com as autoridades americanas nos últimos dias para tentar influenciar na posição de Washington sobre as tarifas de 39% impostas em agosto aos produtos suíços, com exceção dos medicamentos.
Na quinta-feira, Greer se reuniu na Casa Branca com uma delegação suíça liderada pelo ministro da Economia, Guy Parmelin, em um encontro considerado "muito positivo" por um alto responsável que participou da reunião.
Após essas discussões, Greer declarou à rede CNBC que "praticamente se alcançou um acordo com a Suíça".
Na noite de segunda-feira, a agência financeira Bloomberg afirmou, citando fontes anônimas, que a Suíça estava próxima de um acordo para reduzir as tarifas para 15%, ou seja, ao mesmo nível das aplicadas à União Europeia ou ao Japão.
Na semana passada, seis grandes executivos, incluindo os da relojoeira Rolex e do gigante do luxo Richemont, se reuniram com o presidente americano, Donald Trump, para chamar sua atenção sobre as repercussões das tarifas para a economia suíça.