Rio de Janeiro

Relatório encaminhado ao STF sobre megaoperação no Alemão e na Penha mostra novos dados de prisões

Documento entregue ao STF nesta segunda-feira aponta 100 presos (antes era 99); o total de fuzis apreendidos subiu para 96 (o último divulgado era 93)

Corpos dos 117 mortos em megaoperação no Rio estão liberados, diz defensoria pública - Tomaz Silva/Agência Brasil

O governo do Rio enviou um Relatório Técnico-Probatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) para argumentar sobre a “imprescindibilidade” da Operação Contenção, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, no fim de outubro. No documento, o governo atualizou o número de presos e de apreensões feitas durante a ação. De acordo com o relatório, entregue nesta segunda-feira, foram 100 presos (sendo 17 com mandado e 83 em flagrante). O último número divulgado pela Polícia Civil apontava 99 presos. Já o total de fuzis apreendidos subiu para 96 (o último divulgado era 93).

A divergência no número de presos desde o dia da megaoperação. Em coletiva de coletiva concedida por representantes das secretarias estaduais de Segurança, de Polícia Civil e de Polícia Militar, o primeiro número apresentado foi o 113 suspeitos presos. Depois, em relatório enviado ao STF, a polícia divulgou que o número correto era de 99 presos. Agora, no novo documento, o número subiu para 100.

Os números divulgados em novo relatório

Prisões efetuadas:

Presos por mandado: 17

Presos em flagrante: 83

Adolescentes apreendidos: 09

Com antecedentes criminais: 61

Egressos do sistema prisional: 30

Presos oriundos de outros Estados da Federação: 29

Apreensões:

Armas de fogo apreendidas: 122

Fuzis: 96

Pistolas: 25

Revólver: 01

Carregadores: 260

Munições: aproximadamente 5.600 unidades

Artefatos explosivos: 12

Veículos apreendidos: 15

Drogas: cerca de 22 kg de cocaína e 2 toneladas de maconha

Confrontos:

Mortos: 117

Oriundos de outros Estados: 62

De acordo com o relatório, a operação foi feita para cumprir de 51 mandados de prisão e 145 de busca e apreensão, expedidos pela 42ª Vara Criminal, com localização confirmada dos alvos na área. Ao detalhar os resultados da ação, o governo pontuou que: "[...] o conjunto de resultados evidencia a magnitude e a efetividade da Operação, que atingiu plenamente seus objetivos estratégicos de desarticulação de núcleos armados, apreensão de material bélico de alto poder ofensivo e neutralização de agentes de elevada periculosidade, os quais resistiram à ação policial e optaram pelo confronto armado diante do cumprimento das ordens judiciais".