Anderson Torres pede para cumprir pena em unidade da PF, onde está Bolsonaro, ou batalhão da PM
Advogados do ex-ministro alegaram que ele correria risco no sistema prisional comum
A defesa do ex-ministro Anderson Torres solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele cumpra a pena de 24 anos, a que foi condenado na ação penal da trama golpista, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, em um batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) ou em um "estabelecimento de perfil equivalente".
A superintendência da PF é onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado no mesmo processo que Torres, está preso preventivamente desde sábado. Já o batalhão citado por ele é o Batalhão de Aviação Operacional, que também fica em Brasília.
Os advogados do ex-ministro afirmaram que vão apresentar, até a próxima semana, os embargos infringentes, tipo de recurso utilizado para reavaliar uma decisão não unânime. Entretanto, adiantaram o pedido sobre o local de cumprimento da pena caso o relator, Alexandre de Moraes, decida autorizar o início do cumprimento da punição antes disso.
A solicitação foi baseada no fato de Torres ser delegado da PF e ter atuado como ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, "circunstâncias que o inserem em quadro concreto de risco no sistema prisional comum, inclusive pela atuação direta no enfrentamento à criminalidade organizada", de acordo com a defesa.