Justiça

Quantos anos Bolsonaro pegou de prisão? Veja a pena dele e dos outros réus da trama golpista

Início do cumprimento da pena fica mais próximo para esses réus

Jair Bolsonaro cumpre pena na ala de Estado Maior na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília - Sérgio Lima/AFP

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o trânsito em julgado para Jair Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem e o ex-ministro Anderson Torres na ação penal da trama golpista. Isso significa que eles não podem apresentar mais recursos contra a condenação.

Com isso, está confirmada a condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão.

Quanto cada um cumprirá de pena?
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República: 27 anos e 3 meses

Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil: 26 anos

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha: 24 anos

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça: 24 anos

Augusto Heleno, ex-ministro do GSI: 21 anos

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa: 19 anos

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin: 16 anos e um mês

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens: 2 anos de prisão, em razão da delação premiada

Onde cada um cumpre a pena?
Jair Bolsonaro: Sala de Estado Maior na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília

Walter Braga Netto: Cela especial na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro

Almir Garnier: Estação Rádio da Marinha, na capital Federal

Anderson Torres: Papudinha, em Brasília

Augusto Heleno: Comando Militar do Planalto, em Brasília

Paulo Sérgio Nogueira: Comando Militar do Planalto, em Brasília

Alexandre Ramagem: Foragido

Mauro Cid: Regime aberto

O próximo passo é o início da execução da penal, o que ainda depende de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes.

A medida foi tomada nesta terça-feira pela Secretaria Judiciária do STF após os três não apresentarem recurso contra a decisão que manteve a condenação. O prazo terminou na segunda-feira.

As defesas de Bolsonaro e Torres já haviam anunciado a intenção de apresentar outro tipo de recurso, os embargos infringentes, que servem para reavaliar decisões não unânimes.

Entretanto, o entendimento atual do STF é que esse tipo de recurso só pode ser apresentado quando houver dois votos divergentes nas análises pelas turmas. No caso de Bolsonaro e da maioria dos réus, só houve um voto pela absolvição, do ministro Luiz Fux.

Na segunda-feira, os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto apresentaram os segundo embargos de declaração, tipo de recurso que serve para esclarecer dúvidas, omissões ou contradições de um julgamento.

Além disso, Braga Netto e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos apresentaram os embargos infringentes.

Dos oito condenados pelo STF na ação penal da trama golpista, apenas o tenente-coronel Mauro Cid não apresentou nenhum recurso. Ele recebeu a menor punição, de dois anos de prisão em regime aberto, como parte de seu acordo de delação premiada e já começou a cumprir a pena.