BOLSONARO PRESO

Moraes autoriza alimentação particular para Bolsonaro, com fiscalização da PF

Ex-presidente poderá receber refeições enquanto estiver preso

Ex-presidente Jair Bolsonaro - Miguel Schinacariol/AFP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a receber uma "alimentação especial", entregue por alguém indicado por ele, enquanto estiver preso. A comida terá que ser fiscalizada, no entanto, pela Polícia Federal (PF). 

Moraes atendeu a um pedido da defesa de Bolsonaro. O ex-presidente está detido na Superintendência da PF em Brasília, primeiro preventivamente, e a partir desta terça-feira para cumprir a pena de 27 anos e três de prisão para a qual foi condenado pelo STF. 

"Em virtude do pedido de Jair Messias Bolsonaro de alimentação especial, autorizo sua entrega por pessoa previamente cadastrada pela defesa do custodiado e no horário fixado pela Polícia Federal, que deverá fiscalizar e registrar o que for entregue", determinou Moraes nessa terça. 

Como o jornal O Globo mostrou, Bolsonaro não está comendo o alimento fornecido pela PF, mas sim refeições preparadas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A entrega diária de refeições, no entanto, começou a incomodar a corporação.

Há uma avaliação de que não tem como garantir a procedência e qualidade dos alimentos. E, se o ex-presidente por ventura passar mal, a responsabilidade recairá sobre a PF, que o mantém sob custódia.

Após visitar o pai nesta terça-feira, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tratou do assunto alimentação. Segundo ele, seria um absurdo se a Justiça vetasse a entrega dos alimentos.

"isso não pode acontecer, não é um tratamento dado para uma pessoa idosa. Não é nenhum luxo. É uma questão da saúde dele", afirmou.

A comida de Bolsonaro tem sido levada diariamente por Michelle. Já a tarefa de levá-las para a superintendência cabe ao irmão da ex-primeira-dama, Eduardo Torres.

Além de seguir uma dieta restrita em decorrência das cirurgias abdominais, o ex-presidente tem receio de que possa ser alvo de envenenamento na cadeia, segundo o senador.