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Vitor Araújo e Metropole Orkest lançam "Toque n.6", que une tradição sinfônica e pulsos nordestinos

Faixa gravada ao vivo, em Amsterdã (HOL), une improviso, ancestralidade rítmica e a força poética da música brasileira contemporânea

Vitor Araújo - Manoel Borba/Divulgação

A Metropole Orkest — referência mundial por dissolver fronteiras entre o erudito e a música popular — estreia sua primeira colaboração oficial com o pianista e compositor pernambucano Vitor Araújo. 

O encontro, registrado ao vivo em Amsterdã, Holanda, dá origem a “Toque n.6”, já disponível nas plataformas digitais, pelo selo Risco.

A composição de Araújo nasce como um embate criativo entre a batida telúrica do Nordeste e a plasticidade sonora de uma orquestra que opera em permanente estado de ebulição. 

Em vez de choque, o que se ouve é metamorfose: uma massa sonora que se reacomoda, estica seus limites e desenha novas arquiteturas musicais.

Entre as dobras da peça, surgem referências sutis de mestres como Villa-Lobos, Moacir Santos, Eumir Deodato e Tom Jobim. Ao mesmo tempo, ritmos de matriz indígena e afro-brasileira — do Toré ao Boi do Maranhão, passando pelo Maracatu e pelo Côco — aparecem como signos ancestrais que se reorganizam a cada instante. 

A orquestra avança por esse território com melodias suspensas e contrapontos que oscilam entre a delicadeza clássica e a liberdade do jazz, enquanto Araújo explora o piano como um campo de improviso e respiração.

Gravada ao vivo, “Toque n.6” carrega a energia de um fenômeno natural iminente: o encontro de mundos sonoros distintos movidos pela mesma inquietação e por um desejo comum de expansão estética.

*Com informações da assessoria