Mais Saúde para as Mulheres reúne ministérios para ampliar atendimento em comunidades pesqueiras
Estratégia prevê investimento gradual, novas equipes e estrutura adequada aos territórios ribeirinhos e costeiros
O Ministério da Saúde e o Ministério da Pesca e Aquicultura lançaram, em Itapissuma, a estratégia Mais Saúde para as Mulheres das Águas. A iniciativa busca ampliar o acesso à saúde de pescadoras artesanais, ribeirinhas e populações costeiras. O evento ocorreu com a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva, do ministro da Saúde Alexandre Padilha e do ministro da Pesca André de Paula.
Demanda histórica das comunidades
A proposta atende a reivindicação apresentada em 2025 por mulheres da Colônia Z-10. A primeira-dama destacou que o objetivo é fortalecer a rede de cuidado e garantir atendimento adequado às especificidades das trabalhadoras das águas.
O ministro Alexandre Padilha reforçou que os territórios pesqueiros exigem equipes preparadas para lidar com deslocamento fluvial e rotinas distintas das áreas urbanas.
Investimento e expansão das equipes
O plano prevê investimento inicial de R$33,8 milhões em 2026, com a alteração da tipologia de 72 Equipes de Saúde da Família Ribeirinha. Até 2028, o montante pode ultrapassar os R$260 milhões, acompanhando o credenciamento de novas equipes.
A portaria amplia a possibilidade de composição profissional, permitindo aumento de até 50% no limite de integrantes e atualização de incentivos e insumos logísticos.
O lançamento incluiu ainda a assinatura de memorando para criação de agenda conjunta, com ações de saúde ocupacional, logística integrada, vigilância, campanhas no território e formação continuada.
Atendimento adaptado aos territórios
As Equipes de Saúde da Família Ribeirinha funcionam como principal mecanismo para levar a Atenção Primária a comunidades que dependem de deslocamento por rios. Cada equipe conta com médico, enfermeiro e técnico ou auxiliar de enfermagem, podendo incluir outros profissionais conforme a necessidade.
Os municípios podem solicitar recursos para instalação de pontos de apoio, estruturas fixas que evitam o deslocamento das famílias até unidades básicas, além de veículos e embarcações para o deslocamento das equipes.
Com informações da assessoria