TENTATIVA DE FUGA

Policial militar preso em operação do MPPE tenta fugir de viatura, é baleado e morre

Segundo o MPPE, o agente era suspeito de repassar dados sigilosos da polícia para uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas em Pernambuco e Piauí

Policia preso em operação do MPPE tenta fugir de viatura, é baleado e morre - Marconi Meireles/ Arquivo Folha de Pernambuco

Um dos policiais militares que foi alvo da Operação Eneida, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), tentou fugir de uma viatura onde estava sendo levado de Bezerros, no Agreste do estado, para o Recife.

Durante essa tentativa de fuga, ele foi baleado por agentes da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo a PMPE, o policial era ativo da corporação e foi preso na quinta-feira (4), em Bezerros. Além dele, um outro policial, da reserva remunerada, foi capturado em Caruaru, também no Agreste.

Os dois são suspeitos de repassar dados sigilosos da polícia para uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas em Pernambuco e no Piauí.

Ambos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para "adoção das medidas legais cabíveis", como explicou a PMPE.

De lá, o policial da ativa seguiu para realizar o exame de corpo de delito. Foi nesse momento que ele tentou fugir da viatura e foi alvejado.

"Diante da resistência, os militares efetuaram dois disparos para conter o custodiado, que foi atingido no cotovelo e na coxa esquerda", explicou a polícia.

O homem não teve nome e idade divulgados. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, mas não resistiu aos ferimentos.

Operação investiga vazamento de dados sigilosos 
A Operação Eneida, deflagrada na quarta-feira (3), investiga um grupo criminoso que recebia informações sigilosas por meio de vazamentos de dados da polícia. A organização tinha atividades nas cidades de Caruaru e Bezerros, em Pernambuco, e Teresina, no Piauí. 

De acordo com o promotor de Justiça do MPPE Eduardo Aquino, os dois policiais militares presos são suspeitos de integrar o grupo e alertar os líderes do tráfico sobre ações de inteligência em andamento.

"Infelizmente, tínhamos a situação de policiais militares vendendo armas e vazando informações sigilosas para o tráfico, pondo em risco a vida dos colegas de farda e do cidadão. Esperamos, com a operação, tranquilizar a grande maioria dos policiais que fazem seu trabalho honestamente", afirmou.

Ao todo, foram cumpridos 23 mandados judiciais nos dois estados - 11 de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Segundo a Polícia Militar, a operação segue em andamento.