Meta faz parceria com meios de comunicação para ampliar conteúdo de assistente de IA
Empresa integrará conteúdos de grandes veículos de comunicação, como CNN, Fox News e Le Monde, a seu assistente de inteligência artificial
A Meta anunciou, nesta sexta-feira (5), que integrará conteúdos de grandes veículos de comunicação, como CNN, Fox News e Le Monde, a seu assistente de inteligência artificial (IA), para oferecer informações em tempo real em suas plataformas.
O acordo prevê que as respostas a perguntas sobre atualidades incluam links para os sites destes parceiros. Os usuários terão acesso a "fontes mais diversas de conteúdo" para aprofundar as histórias, disse a Meta em um blog.
A decisão é tomada em um contexto de preocupação com o futuro da imprensa na era da IA generativa.
Com estas parcerias, a Meta espera que seu assistente seja "mais reativo, preciso e equilibrado" ao incorporar diversos pontos de vista, reconhecendo que "eventos em tempo real podem ser desafiadores para os sistemas de IA atuais acompanharem".
O acordo inclui meios como People, USA Today, Daily Caller e The Washington Examiner.
A Meta declarou que planeja se associar a outros veículos e desenvolver novas funções para seu assistente, em um momento de intensa concorrência entre os gigantes tecnológicos para melhorar a capacidade de seus assistentes de IA.
O Meta AI está disponível em todas as suas redes, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp.
O anúncio ocorre enquanto chatbots como o ChatGPT da OpenAI e o Gemini do Google incorporam cada vez mais conteúdos ao vivo e fontes de notícias.
O relacionamento entre a Meta e os meios de comunicação tem sido instável ao longo dos anos.
Fundada por Mark Zuckerberg em 2004, a empresa declarou que as notícias despertavam pouco interesse em suas redes e removeu sua aba específica no Facebook em mercados como os Estados Unidos, Reino Unido e França. A medida marcou o fim de acordos milionários com veículos de renome.
Em janeiro, Zuckerberg decidiu eliminar o programa de verificação de fatos da Meta nos Estados Unidos, em sintonia com a antipatia de Donald Trump pela imprensa tradicional.
Para esse programa, foram empregados verificadores digitais de outras organizações, como a AFP, para revelar desinformações divulgadas em sua plataforma.