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Meta faz parceria com meios de comunicação para ampliar conteúdo de assistente de IA

Empresa integrará conteúdos de grandes veículos de comunicação, como CNN, Fox News e Le Monde, a seu assistente de inteligência artificial

O Brasil pediu para a Meta explicar sua política de checagem de fatos para o país e como planeja proteger - Nicolas Tucat / AFP

A Meta anunciou, nesta sexta-feira (5), que integrará conteúdos de grandes veículos de comunicação, como CNN, Fox News e Le Monde, a seu assistente de inteligência artificial (IA), para oferecer informações em tempo real em suas plataformas.

O acordo prevê que as respostas a perguntas sobre atualidades incluam links para os sites destes parceiros. Os usuários terão acesso a "fontes mais diversas de conteúdo" para aprofundar as histórias, disse a Meta em um blog.

A decisão é tomada em um contexto de preocupação com o futuro da imprensa na era da IA generativa.

Com estas parcerias, a Meta espera que seu assistente seja "mais reativo, preciso e equilibrado" ao incorporar diversos pontos de vista, reconhecendo que "eventos em tempo real podem ser desafiadores para os sistemas de IA atuais acompanharem".

O acordo inclui meios como People, USA Today, Daily Caller e The Washington Examiner.

A Meta declarou que planeja se associar a outros veículos e desenvolver novas funções para seu assistente, em um momento de intensa concorrência entre os gigantes tecnológicos para melhorar a capacidade de seus assistentes de IA.

O Meta AI está disponível em todas as suas redes, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp.

O anúncio ocorre enquanto chatbots como o ChatGPT da OpenAI e o Gemini do Google incorporam cada vez mais conteúdos ao vivo e fontes de notícias.

O relacionamento entre a Meta e os meios de comunicação tem sido instável ao longo dos anos.

Fundada por Mark Zuckerberg em 2004, a empresa declarou que as notícias despertavam pouco interesse em suas redes e removeu sua aba específica no Facebook em mercados como os Estados Unidos, Reino Unido e França. A medida marcou o fim de acordos milionários com veículos de renome.

Em janeiro, Zuckerberg decidiu eliminar o programa de verificação de fatos da Meta nos Estados Unidos, em sintonia com a antipatia de Donald Trump pela imprensa tradicional.

Para esse programa, foram empregados verificadores digitais de outras organizações, como a AFP, para revelar desinformações divulgadas em sua plataforma.