RIO DE JANEIRO

Alerj dá início a plenário que vai decidir sobre prisão do presidente da Casa

Decisão sobre prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, exige maioria absoluta com pelo menos 36 votos

Prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, exige maioria absoluta com 36 votos - Alex Ramos/Alerj

A Assembleia Legislativa do Rio ( Alerj) deu início às 15h17 à sessão plenária que vai decidir sobre a prisão de Rodrigo Bacellar (União), determinada pelo Supremo Tribunal Federal ( STF).

Depois de uma manhã tensa, com trocas de acusações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os deputados vão votar sobre a revogação ou não da prisão do presidente da Casa. Os parlamentares votarão de forma aberta sobre o caso.

O resultado será proclamado após verificação de quórum. A Alerj tem 70 deputados, e a decisão exige maioria absoluta: pelo menos 36 votos.

 

Prisão do presidente da Alerj
Bacellar foi preso na última quarta-feira, pela Polícia Federal, acusado de obstrução à investigação, pela suspeita de vazar dados sobre a operação dos agentes contra o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias.

O presidente da Alerj, segundo relatório da PF, teria avisado o colega parlamentar sobre a prisão, com instruções para se livrar de evidências, como apagar dados do celular.

TH Jóias responde a processos por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, além de ser suspeito de intermediar negociações de armas com o Comando Vermelho (CV). A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), onde corre o caso.

Reunião na CCJ
Por quatro votos a três, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidiu levar ao plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) o projeto de resolução para que os parlamentares se manifestem sobre a revogação ou não da prisão de Rodrigo Bacellar (União).

O deputado Rodrigo Amorim (União), presidente da comissão, comandou a sessão do colegiado. Numa reunião com troca de acusações e clima tenso, deputados chegaram a propor que uma segunda votação do plenário definisse também se, em caso de soltura, Bacellar permaneceria no comando da Assembleia. Amorim, porém, ressaltou que discutiriam apenas a constitucionalidade da prisão.

Durante a discussão sobre o projeto de resolução Rodrigo Amorim, admitiu também o receio de afrontar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A declaração foi resposta ao deputado Vitor Junior (PDT), que sugeriu que o plenário da Alerj vote duas emendas: sobre a manutenção da prisão e também do afastamento de Bacellar da presidência da Casa. A reunião da CCJ virou palco de embates e atraiu parlamentares que nem integram o colegiado.