MERCADO

Petróleo fecha em queda de 2%, com incerteza sobre Rússia-Ucrânia e Fed no radar

O mercado também aguarda a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que será na quarta-feira (10)

Decisão do Fed sobre a taxa de juros terá implicações na demanda por derivados de petróleo - Freepik

Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira, 8, em queda de cerca de 2%, enquanto investidores seguem monitorando negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, apesar de nova troca de ataques entre os dois países.

O mercado também aguarda a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que será na quarta-feira.

O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 2% (US$ 2,80), a US$ 58,88 o barril.

Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), teve recuo de 1,98% (US$ 1,26), a US$ 62,49 o barril.



Na noite do domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, "não está pronto" para aprovar uma proposta de paz elaborada por Washington destinada a encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. "Acredito que a Rússia está de acordo, mas não tenho certeza se Zelenski, está. O pessoal dele adorou, mas ele não está pronto", disse.

O líder ucraniano possui um encontro marcado com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o chanceler da Alemanha, Freidrich Merz, e o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira para atualizar sobre as negociações de paz. No fim de semana, Rússia e Ucrânia trocaram ataques e deixaram pessoas feridas.

Na avaliação do Ritterbusch, nesta semana o mercado será afetado não apenas pelas notícias sobre Ucrânia-Rússia e Venezuela, mas também pela decisão do Fed sobre a taxa de juros, que terá implicações na demanda por derivados de petróleo.

Em entrevista nesta segunda, o Conselheiro Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, defendeu que o BC americano deve continuar a flexibilizar sua política monetária e disse que é preciso analisar os dados para entender quantos cortes nos juros seriam necessários para alcançar o nível "ideal". Hassett é visto como favorito para substituir o atual presidente do Fed, Jerome Powell.