Recife lança licitação para economizar mais de R$ 8 milhões com créditos de energia solar
Prefeitura contrata empresa geradora de energia de baixa tensão para prédios públicos
A Prefeitura do Recife vai lançar, nesta quinta-feira (11), uma licitação para contratar a empresa responsável por substituir toda a energia utilizada nos prédios públicos por energia solar. A iniciativa, que movimentará cerca de R$ 34,5 milhões, prevê um desconto mínimo de 25,35% na tarifa atual e marca um novo passo da gestão municipal rumo à eficiência energética e à redução de custos.
Para isso, será lançado nesta quinta-feira (11), no Diário Oficial do Município, um edital de licitação para contratação de empresa geradora de energia fotovoltaica, que será responsável por essas mudanças. Todo o projeto e concepção da modalidade foi da Controladoria Geral do Município (CGM). De acordo com o controlador-geral do município, Severino Andrade, a iniciativa de adotar energia solar para abastecer prédios públicos une sustentabilidade e responsabilidade fiscal.
A iniciativa projeta uma economia direta superior a R$ 8,7 milhões anuais aos cofres públicos. Essa operação permitirá, ainda, redução de emissão de gás carbônico.
O modelo destaca-se por não exigir investimento inicial (CAPEX) da administração municipal, que não precisará custear obras ou a compra de painéis. Ao optar pela modalidade de geração distribuída como serviço, toda a responsabilidade pela instalação, operação e manutenção será da empresa contratada, cabendo à Prefeitura apenas o pagamento pela energia compensada na fatura, o que garante viabilidade econômica imediata e previsibilidade orçamentária.
Ambientalmente, a medida reforça o compromisso da cidade com o Plano Local de Ação Climática (PLAC) e as metas de descarbonização, aproveitando o alto índice de radiação solar do Recife. Estima-se que a geração a ser contratada pela Prefeitura evitará a emissão de 1.000 toneladas de CO2 por ano, consolidando uma matriz energética limpa, silenciosa e integrada ao ambiente urbano.
Crédito
Regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), esse mecanismo funciona como uma espécie de "conta corrente" energética: a energia gerada pela usina é injetada na rede da distribuidora e convertida em créditos virtuais, que são abatidos automaticamente nas faturas das unidades consumidoras municipais, sem necessidade de conexão física direta entre a usina e os prédios.