Liam Neeson nega ser antivacina após narrar documentário crítico às vacinas
Representante do ator afirma que ele não teve influência editorial no filme e cita atuação em campanhas de imunização
Após a repercussão em torno de sua participação como narrador no documentário "Plague of Corruption: 80 Years of Pharmaceutical Corruption Exposed", Liam Neeson tratou de afastar qualquer associação com o discurso antivacina atribuído ao filme. Em declaração à Entertainment Weekly, um representante do ator afirmou que Neeson “nunca foi e não é antivacinação”.
Dirigido por Michael Mazzola e inspirado no livro homônimo lançado em 2021, o documentário critica a indústria farmacêutica e adota um tom cético em relação às vacinas.
A produção inclui uma entrevista com Robert F. Kennedy Jr., atual secretário de Saúde dos Estados Unidos e conhecido por posicionamentos questionados por especialistas da área de saúde pública.
Segundo o porta-voz de Neeson, é um erro confundir críticas à indústria farmacêutica com oposição à imunização.
“Todos reconhecem que pode haver corrupção no setor farmacêutico, mas isso não deve ser confundido com ser contra vacinas”, afirmou o representante do ator à Entertainment Weekly.
Ainda de acordo com o porta-voz, o histórico do ator na defesa pública da imunização reforça essa posição.
Neeson atua há mais de uma década como embaixador da boa vontade da UNICEF, organização para a qual já participou de campanhas internacionais de vacinação, defesa da imunização infantil e promoção de políticas públicas de saúde em países de baixa renda.
O representante também destacou que o ator não teve qualquer influência sobre o conteúdo editorial do documentário.
“Liam não participou da definição das mensagens do filme. Qualquer questionamento sobre as alegações ou a abordagem adotada deve ser direcionado aos produtores”, completou.
A Entertainment Weekly observou que trechos do documentário divulgados nas redes sociais promovem teorias desacreditadas, como a suposta ligação entre vacinas e autismo, além de associações infundadas entre a vacina contra a pólio e a pandemia de Covid-19.
Em alguns desses vídeos, a narração de Neeson aparece em falas que criticam a politização da ciência.