CANAL SAÚDE

Benefícios da fisioterapia aquática em pacientes com lesões e doenças neurológicas

Especialista explica como funciona o tratamento, para quem ele é indicado e quais cuidados fazem a diferença

Foto: Canva

As doenças neurológicas afetam mais de 40% da população mundial e provocam mais de 11 milhões de mortes a cada ano, segundo a OMS.

 

Fisioterapia aquática é uma indicação promissora em doenças e lesões neurológicas, nos adultos e nas crianças.

 

Nesta segunda-feira (15), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com o fisioterapeuta Rogério Antunes. Ele falou sobre a fisioterapia aquática.

 

Acompanhe a entrevista através dos players abaixo

 

 

O fisioterapeuta Rogério Antunes iniciou a conversa explicando a diferença fundamental entre a fisioterapia aquática e a hidroginástica

 

“A hidroginástica, ela é uma ginástica que não é realizada pelo fisioterapeuta, ela é realizada pelo educador físico. No caso da fisioterapia aquática, o fisioterapeuta é obrigado a estar dentro da piscina, porque muitas vezes o paciente não tem equilíbrio. O paciente criança, por exemplo, ele fica no braço do fisioterapeuta. O paciente idoso, onde a doença é muito grave, onde um AVC foi muito extenso, onde aquela pessoa não anda mais, ela fica no braço do fisioterapeuta.”

 

Fisioterapeuta Rogério Antunes/Foto: Divulgação

 

Rogério Antunes explicou qual é o principal objetivo da fisioterapia aquática no tratamento de pacientes neurológicos

 

“O que é o mais importante na fisioterapia aquática pro paciente neurológico? É que na fisioterapia aquática a gente antecipa tudo que ele fará no solo. Se o que a gente conseguisse fazer na água não fosse transferido pro solo, pra vida cotidiana do paciente, nem eu nem estava aqui, a gente nem existia.”

 

O fisioterapeuta destacou o método watsu como uma das técnicas utilizadas para pacientes com rigidez muscular e espasticidade

 

“É uma técnica de relaxamento que o paciente chega a dormir. Ela é muito indicada para pacientes com espasticidade, com rigidez, pacientes que sofreram um AVC, um AVE, um traumatismo craniano ou que tiveram diagnóstico de esclerose múltipla, Parkinson, que têm rigidez nos músculos e nas articulações.”

 

Rogério Antunes ainda falou sobre a importância da infraestrutura adequada e dos efeitos terapêuticos da água aquecida

 

“A piscina a gente chama de piscina terapêutica porque ela tem que ter alguns pré-requisitos. A água aquecida age nas terminações nervosas do paciente, causando uma vasodilatação periférica, um relaxamento da musculatura, diminuindo a espasticidade e as contraturas musculares. Então, não é só uma questão de conforto, é uma questão de resultado.”