"Avatar: Fogo e Cinzas", terceiro filme da franquia, chega às salas de cinema
Longa-metragem de James Cameron ganha sessões de pré-estreia nesta quarta-feira (17)
James Cameron entrega a terceira parte de sua franquia, “Avatar: Fogo e Cinzas”, com sessões de pré-estreia a partir de hoje. O lançamento ocorre 16 anos após o cineasta canadense revolucionar o cinema mundial com uma saga que, além de quebrar recordes de bilheteria, criou novos parâmetros visuais e tecnológicos para toda uma indústria.
Carregando a responsabilidade de dar sequência a um dos maiores sucessos de Hollywood, o longa-metragem chega ao público carregado de expectativas. Mesmo antes de suas primeiras exibições, a nova obra de Cameron já era tida por especialistas como presença garantida nas principais premiações do audiovisual, incluindo o Oscar.
Com mais de três horas de duração, “Avatar 3” promete aprimorar o uso de efeitos visuais na saga, tornando Pandora e seus habitantes ainda mais realistas. Isso ocorre, no entanto, sem apelar para a inteligência artificial. As imagens são capturadas com atores reais e depois são aplicados os recursos de computação gráfica. “Nunca vou usar IA para criar um personagem”, disse o diretor em entrevista recente à revista Veja.
Com roteiro escrito por James Cameron, Rick Jaffa e Amanda Silver, o novo longa manteve grande parte do seu enredo em segredo até aqui, mas alguns detalhes sobre a história já foram revelados. Um deles é que, diferentemente do segundo filme, o terceiro capítulo da franquia não apresenta um salto temporal significativo.
A trama começa poucas semanas após “Avatar: O Caminho da Água” (2022), que termina com a trágica morte do jovem Neteyam (Jamie Flatters) após uma batalha nos mares de Pandora. A forma como cada membro da família Sully lida com o luto é determinante para os rumos da história.
Ao sofrer com a perda do filho mais velho, Neytiri (Zoe Saldaña) se isola dos demais. Enquanto isso, Jake Sully (Sam Worthington) assume uma postura cada vez mais autoritária com seus outros filhos e direciona todos os seus esforços para a guerra.
O lado mais jovem do clã também vive seus próprios dilemas. Lo’ak (Britain Dalton), o caçula, enfrenta a culpa por sentir que causou a morte do irmão. Kiri (Sigourney Weaver) busca respostas sobre si mesma, tentando entender seus poderes. Já o humano Spider (Jack Champion) sente na pela a rejeição de Neytiri, que odeia o rapaz por ele ser filho de Quaritch (Stephen Lang).
A presença de Spider causa uma desarmonia na estrutura familiar dos Sullys, fazendo com que Jake decida levá-lo de volta para a fortaleza dos Omatikaya, povo da floresta apresentado no primeiro “Avatar”, onde ele pode viver com o grupo de cientistas humanos aliados. A viagem da família permite ao filme expandir o universo de Pandora, apresentando novos clãs Na’Vi (habitantes originários do planeta fictício).
Para chegar até o seu destino, a família pega carona com os Tlalim, os “comerciantes do vento”. A tribo nômade viaja pelos céus de Pandora a bordo dos Medusóides, seres aéreos gigantes inspirados em águas-vivas, que funcionam como balões que carregam os Na’Vi e suas mercadorias. As coisas começam a ficar difíceis quando surgem os Mangkwan, vilões do filme.
O Povo das Cinzas não guarda a mesma natureza pacífica dos demais clãs. Eles passaram a desprezar a crença em Eywa, divindade do planeta, após a erupção de um vulcão matar parte da tribo. Liderados pela rainha Varang (Oona Chaplin), os Mangkwan atacam a família Sully durante a viagem, mudando a dinâmica da saga, que antes era focada no conflito entre humanos e Na’Vis.