PREVID

Presidente da CPI do INSS defende prorrogação da comissão por mais 60 dias

Declaração foi dada após a Polícia Federal deflagrar nesta quinta-feira uma nova fase da Operação Sem Desconto

Senador Carlos Viana - Geraldo Magela/Agência Senado

O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (PL-MG), defendeu nesta quinta-feira (18) a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 60 dias. Ele avalia que o prazo até março de 2026 não é suficiente para analisar os documentos recebidos e ouvir os depoentes.

A declaração foi dada após a Polícia Federal deflagrar nesta quinta-feira uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um suposto esquema de descontos indevidos a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

"Diante da dimensão nacional e da profundidade desse esquema, afirmo que é absolutamente indispensável a prorrogação da CPMI por mais 60 dias. Somente assim será possível aprofundar as apurações, rastrear patrimônio oculto, identificar todos os responsáveis e garantir justiça plena às vítimas", disse o parlamentar, em nota.

O senador prevê recolher assinaturas a partir de janeiro para formalizar um pedido ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Na operação desta quinta, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo na Casa Legislativa, e o número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, que já trabalhou no gabinete do senador em 2019. Portal foi afastado do cargo e alvo de mandado de prisão domiciliar.

A PF chegou a pedir a prisão de Rocha sob pretexto de que ele era "liderança e sustentáculo das atividades empresariais e financeiras" de Antônio Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", peça-chave no esquema de descontos indevidos.

A solicitação, no entanto, foi indeferido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça, que conduz o inquérito no Supremo.