Constipação intestinal infantil exige atenção de pais e responsáveis
Condição comum na infância, o "intestino preso" causa dor e desconforto e exige atenção aos hábitos intestinais das crianças
A constipação intestinal infantil, popularmente conhecida como “intestino preso”, é uma condição frequente na infância e pode causar desconforto significativo.
O quadro é caracterizado por dificuldade ou dor para evacuar, fezes ressecadas e redução do número de evacuações semanais.
O problema pode atingir crianças e adolescentes, o que torna fundamental a atenção dos pais e responsáveis aos hábitos intestinais dos filhos.
Nesta quinta-feira (18), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com a cirurgiã pediátrica, Luziane Sabino. Ela falou sobre a constipação intestinal infantil.
Acompanhe a entrevista através dos players abaixo
Dra. Luziane Sabino iniciou a entrevista contextualizando que a constipação intestinal infantil está entre as queixas mais frequentes nos consultórios pediátricos.
“É um assunto extremamente relevante, chega a ser de 95% de queixas em relação ao hábito intestinal nos consultórios de pediatria. A medida que os anos passam, as crianças vão diminuindo a quantidade de evacuações, chegando, depois dos 4 anos, a um padrão semelhante ao do adulto, que é uma ou duas vezes ao dia.”
Ao esclarecer mitos sobre alimentação, a médica destacou que não existem “alimentos mágicos” para combater a constipação intestinal infantil
“Não tem um alimento mágico. Por exemplo, na maçã, o ideal é comer com a casca. A casca tem uma ação extremamente importante na motilidade intestinal. Se você comer com a casca, facilita a digestão. Sem a casca, o alimento provavelmente será absorvido totalmente.”
A especialista também explicou que a constipação intestinal infantil não está relacionada apenas à frequência das evacuações, mas também ao esforço excessivo durante o ato
“A constipação não é só retardar a evacuação. O esforço evacuatório também é considerado constipação. O ideal é sempre estar sentado, com as pernas um pouquinho elevadas. Colocar um banquinho no vaso sanitário ajuda, inclusive, a evitar o medo de cair, porque o estresse também gera constipação.”
Por fim, a Dra. Luziane Sabino reforçou a importância do papel dos pais e responsáveis no acompanhamento diário do hábito intestinal das crianças
“Quem mora com a criança precisa perceber e perguntar todos os dias sobre as evacuações, observar de vez em quando como são as fezes, se estão mais amolecidas, e perceber a sensação de esforço evacuatório da criança para, então, procurar o pediatra.”