Náutico

Com maioria expressiva, Náutico tem Plano de Recuperação Judicial aprovado

Encontro aconteceu na sala do Conselho Deliberativo do clube, nesta quinta-feira (18)

Estádio dos Aflitos - Tiago Caldas/CNC

O Náutico anunciou, na noite desta quinta-feira (18), ter dado um importante passo para reequilibrar as finanças do clube. De acordo com o Alvirrubro, foi aprovado o seu plano de recuperação judicial, que busca quitar débitos com 781 credores. A Assembleia Geral dos Credores foi realizada na sala do Conselho Deliberativo, nos Aflitos. A dívida, que era de R$ 153 milhões, foi reduzida para R$ 42 milhões. 

"A aprovação do plano é um importante passo na longa caminhada de saneamento de dívidas e modernização do clube. Sinto-me honrado, como torcedor do Náutico, que nosso escritório tenha assumido essa desafiadora missão e obtido essa vitória com apoio de muitos valorosos alvirrubros", contou à reportagem o advogado Rodrigo Cahu Beltrão, da Cahu Beltrão Advogados, um dos escritórios responsáveis pelo plano do clube.  

O plano foi aprovado com votação expressiva. Entre os credores trabalhistas (classe I), por exemplo, 306 concordaram com o plano, enquanto 135 foram contra. Uma aprovação de 69,39%. Somando as classes de quirografários (III) e micro empresa e empresas de pequeno porte (IV), 496 credores participaram do encontro. 

As dívidas do Náutico com os credores está dividida da seguinte forma: classe I (trabalhistas) - R$ 123.341.282,03; classe III (quirografários) - R$ 27.300.005,14; e classe IV (micro e pequenas empresas) - R$ 2.222.580,94. 

Considerada a mais importante, com 675 credores na fila, a dívida trabalhista terá uma redução de quase 70%. O clube vai pagar cerca de R$ 38 milhões à classe. Os créditos de até 15 salários mínimos serão pagos sem deságio. Já os créditos entre 15 e 150 salários mínimos terão deságio de 65%, enquanto aqueles acima de R$ 400 mil terão deságio de 90%. 

Aos 68 credores quirografários: pagamento de uma parcela fixa de R$ 25 mil, e o valor restante com deságio de 90%. Além disso, o saldo restante pago em 120 parcelas por mês, após 18 meses de carência. 

Já os 38 credores de micro e pequenas empresas receberão uma parcela fixa de R$ 20 mil por credor, deságio de 90% sobre o valor excedente, mais pagamento do restante em 60 parcelas mensais, após carência de 18 meses.