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Verão chegando e o incômodo da hiperidrose: saiba como tratar o suor excessivo

Especialista explica como identificar a condição, os efeitos na qualidade de vida e quando procurar ajuda médica

Foto: Canva

O verão no Brasil, em algumas cidades como Recife, registra temperatura média de 36 graus. Ar-condicionado e outras estratégias para tornar o ambiente mais fresco ajudam quem não possui Hiperidrose. Mas, quem sofre com suor excessivo segue transpirando além do normal em locais específicos.

 

A hiperidrose é uma condição que leva os indivíduos a suarem em excesso em áreas como mãos, axilas e pés, até em situações de repouso.

 

A condição afeta 4,8% da população mundial, sendo 8,8% na faixa etária entre 18 e 39 anos e 5% dos indivíduos que sofrem com a condição afirmam que o suor excessivo começou antes dos 10 anos de idade.

 

Nesta sexta-feira (19), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com o cirurgião torácico, Adolpho Barros. Ele falou sobre a hiperidrose.

 

Acompanhe a entrevista através do player abaixo

 

 

O Dr. Adolfo Barros iniciou a entrevista destacando o impacto social da hiperidrose

 

“A pessoa às vezes até se torna antissociável porque fica com vergonha, não veste as camisas que gosta, não consegue apertar a mão de outras pessoas. Então, realmente muda bastante a qualidade de vida de quem tem essa doença.”

 

Cirurgião torácico, Dr. Adolfo Barros/Foto: Divulgação

 

Ao diferenciar o suor normal da condição patológica, o especialista explicou que a hiperidrose se manifesta de forma localizada e intensa

 

“Se você tem essa sudorese mais intensa, que molha, é localizada, você pode ter essa doença. Ela acomete de 2 a 3% da população. Em Pernambuco, cerca de 200 mil a 300 mil pessoas sofrem com isso, e muitas não sabem.”

 

O médico também detalhou como funciona o tratamento cirúrgico definitivo, conhecido como simpatectomia

 

“A gente não corta a glândula, a gente corta a via de comunicação do suor. É uma cirurgia bem tranquila, segura e rápida. Conseguimos dar alta ao paciente no mesmo dia e com resultado imediato.”

 

Por fim, o Dr. Adolfo Barros ressaltou que, por ser caracterizada como uma doença, e não um problema estético, a hiperidrose possui cobertura obrigatória

 

“A hiperidrose é uma doença, então não é estética. Ela é coberta, sim, pelo rol da ANS, pelos planos de saúde. Também temos esse tratamento disponível em vários hospitais do SUS.”