ATRIZ

Brigitte Bardot teve relação conturbada com o filho; entenda

Em entrevistas e em sua autobiografia, Bardot afirmou que nunca conseguiu estabelecer um vínculo materno tradicional com o filho

Brigitte Bardot deu a luz a Nicolas-Jacques Charrier em janeiro de 1960 - AFP

Brigitte Bardot, que morreu neste domingo (28), em Saint-Tropez, aos 91 anos, teve uma relação com o filho, Nicolas-Jacques Charrier, marcada pelo distanciamento.

Bardot nunca escondeu que a maternidade não fez parte de seus desejos pessoais e que a gravidez foi vivida como um conflito entre expectativas sociais e sua própria identidade.

Nicolas nasceu em 11 de janeiro de 1960, fruto do casamento de Bardot com o ator Jacques Charrier. À época, a atriz estava no auge da fama internacional e declarou posteriormente que se sentiu pressionada a levar a gestação adiante, apesar de não querer ser mãe.

Em entrevistas e em sua autobiografia, Bardot afirmou que a gravidez foi um período de sofrimento psicológico e que nunca conseguiu estabelecer um vínculo materno tradicional com o filho.

Após a separação do casal, em 1962, Jacques Charrier obteve a guarda de Nicolas, que foi criado longe dos holofotes, principalmente pelo pai e pela avó paterna.

Bardot teve contato esporádico com o filho ao longo da infância, mas a relação permaneceu fria e distante. Nicolas cresceu fora do universo artístico, mudou-se ainda jovem para a Noruega e construiu uma vida longe da mídia.

O distanciamento ganhou maior repercussão pública quando Bardot passou a falar abertamente sobre o tema, afirmando que nunca se arrependeu de não ter exercido plenamente a maternidade.

As declarações provocaram forte reação na França, tanto de críticas quanto de apoio, especialmente entre mulheres que viam na atriz uma figura que ousou questionar o mito da maternidade obrigatória.

Até a morte da atriz, a relação dela com o filho seguiu discreta. Nicolas Charrier tem 65 anos e segue morando na Noruega. Ele tem duas filhas, Thea, de 35, e Anna Charrier, de 39.