Enem: hora de focar em temas sociais
Segunda matéria da série traz os temas que serão cobrados em História e Geografia
xXx Reativado - Divulgação
Livros como Germinal, de Émile Zola, e O Cortiço, de Aluísio Azevedo, são alguns exemplos. Acompanhar noticiários em TV e jornais talvez seja a recomendação mais recorrente não apenas para quem tem Geografia como disciplina específica no Vestibular 2017, mas para qualquer vestibulando. Assuntos como a atuação do Estado Islâmico no Iraque e Síria e atentados na Europa são algumas das apostas de estudantes e professores. Nacionalmente, poderá ser cobrado a vinda dos refugiados e o rompimento da barragem em Mariana (MG), que ocasionou um dos maiores desastres ambientais.
Escravidão
A aposta de Germana Arruda, 17 anos, aluna do São Luís, é de que a Ditadura Militar e a Escravidão são dois dos assuntos que devem ilustrar questões este ano, principalmente por serem temáticas que transformaram o panorama brasileiro. “Se pudesse dar um palpite, arriscaria uma questão sobre abolição da escravatura no País e República Oligárquica, conhecida como República do Café com Leite.”
Para o professor Plínio do Vale, de História, filmes como 12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2013), Amistad (Steven Spielberg, 1997) e o mais pop Django Livre (Quentin Tarantino, 2012) podem servir de boas fontes de contextualização da temática negra. “A situação do negro depois da abolição é muito abordada nas provas. Há anos o Enem cobra sobre o tráfico negreiro, resistência negra ou como o negro ficou inserido na sociedade.”
A principal dificuldade dos estudantes, conforme Plínio, é entender o porquê da inserção da mão de obra africana no Brasil em detrimento da escravidão de índios. “Eles não lucravam com indígenas, enquanto o negro, dependendo do gênero e da idade, poderia custar o preço de uma casa popular na zona urbana. O negro era muito lucrativo para Portugal, enquanto o índio eles poderiam ‘pegar na esquina’, então não tem lucro”, justifica o professor.