Grandes doses de ação e humor acelerado na nova versão de "Jumanji"

Filme, que é opção para as férias, conta com Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black e Karen Gillan no elenco

Cena do filme "Jumanji: bem-vindo à selva" - Divulgação

O filme "Jumanji: bem-vindo à selva" é fiel ao que apresenta no material de divulgação (cartaz, trailer): um divertimento despretensioso, uma mistura entre grandes doses de ação e humor acelerado, uma comédia com toques de fantasia e um elenco de estrelas de Hollywood.

Dirigido por Jake Kasdan, o longa, que é uma opção no mês de férias, é uma nova versão da obra lançada em 1995 e protagonizada por Robin Williams.

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O enredo permanece mais ou menos o mesmo: jovens ficam presos dentro de um jogo mágico e para sair de lá precisam salvar uma floresta de um vilão. Ao invés de um jogo de tabuleiro, Jumanji agora é um videogame retrô, um cartucho que ao ser inserido em um aparelho antigo transporta o jogador para a selva.

Os adolescentes Spencer (Alex Wolff), Fridge (Ser'Darius Blain), Bethany (Madison Iseman) e Martha (Morgan Turner) estudam na mesma escola e são mandados para a detenção. Lá, encontram o videogame e acabam entrando em Jumanji.

Os personagens representam certos clichês da adolescência: o nerd, o atleta, a garota popular, a menina inteligente. Há certa semelhança com "Clube dos cinco" (1985), em que estudantes passam o dia na detenção e no fim da experiência descobrem que são mais do que os rótulos que a sociedade impõe sobre eles.

É como uma versão simplificada e também anabolizada do clássico dos anos 1980, sem as delicadezas emocionais e o charme existencial do filme dirigido por John Hughes.

O ponto forte do filme é o elenco. Ao entrar no jogo, os adolescentes se transformam nos personagens que escolheram na tela inicial do game e passam a ser interpretados por astros: Spencer vira Bravestone (Dwayne Johnson), Fridge muda para Moose (Kevin Hart), Bethany ganha os contornos de Shelly Oberon (Jack Black), Martha se torna Ruby (Karen Gillan).

Os atores parecem se divertir com esse roteiro que avança de uma cena exagerada para outra. Há uma boa quantidade de piadas sobre as mudanças físicas e as habilidades de cada um, uma comédia sobre comportamento e a cultura de videogames.

O filme tem um tom peculiar de comédia e farsa, exagerado de forma consciente e humorada. O vilão é Van Pelt (Bobby Cannavale), que reproduz comicamente os chiliques de vilania, enquanto o protagonista Spencer (quando interpretado por Dwayne Johnson) recorre ao silêncio intenso dos heróis.

O filme avança com pequenas piadas; não vai além do que aquilo que se propõe e consegue acertar em cheio dentro dos limites dos gêneros ação e comédia.

Cotação: bom