Análise do TCU poderá adiar leilão de distribuidoras da Eletrobras
A análise, segundo ministro do TCU, será concluída em cerca de um mês, e o leilão de distribuidoras da Eletrobras voltará a ser debatido em plenário
A análise do edital de privatização das distribuidoras da Eletrobras pelo TCU (Tribunal de Contas da União) poderá resultar em atraso do leilão, previsto para o dia 21 de maio, disse José Múcio Monteiro, ministro daquela corte.
Ele informou que a análise será concluída em cerca de um mês, e o assunto voltará a ser debatido em plenário. Segundo Múcio, a análise do edital foi retirada da pauta do plenário depois que o Ministério Público pediu uma série de esclarecimentos.
"[O acórdão] está sendo devolvido para a unidade técnica, que terá duas ou três semanas para analisar. Depois, vamos remeter à procuradora [procuradora-geral do Ministério Público junto ao TCU, Cristina Machado], e volta para análise aqui. Dentro de um mês, um mês e pouco, é que vamos voltar a colocar isso para o plenário."
Nesta terça-feira (17), José Múcio reuniu-se com os ministros Moreira Franco, de Minas e Energia; Esteves Colnago, do Planejamento; e Eduardo Guardia, da Fazenda. Após a reunião, Múcio indicou à imprensa que o cronograma do dia 21 havia sido suspenso. "Não tem condições. Põe quatro semanas e passa do dia 21. Tem que responder às questões que foram feitas."
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De acordo com Moreira Franco, as questões serão respondidas dentro de dois ou três dias. "Existem ainda pontos de natureza técnica que serão esclarecidos pela equipe do governo. A relação do governo com o tribunal, do ponto de vista técnico, é relação de cooperação mútua."
Serão privatizadas a Eletroacre (Companhia de Eletricidade do Acre), a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia), a Boa Vista Energia, a Amazonas Energia, a Cepisa (Companhia Energética do Piauí) e a Ceal (Companhia Energética de Alagoas). A Eletrobras assumirá as dívidas das empresas, no valor de R$ 11,2 bilhões, e os encargos, de R$ 8,5 bilhões, referentes a créditos e obrigações com a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis).