Conduta de médico acusado pelo homicídio de Artur Eugênio é julgada pelo Cremepe

Cláudio Amaro Gomes entrou pelo almoxarifado do Cremepe, sem falar com a imprensa e evitando contato direto com os familiares e amigos de Artur Eugênio

Cláudio Amaro Gomes, um dos acusados de ser o mandante do assassinato do cirurgião torácico Artur Eugênio, morto em 2014. - Anderson Stevens/Folha de Pernambuco

A conduta ético-profissional do cardiologista Cláudio Amaro Gomes, de 60 anos, um dos acusados de ser o mandante do assassinato do cirurgião torácico Artur Eugênio, em 2014, será julgada nesta quarta-feira (18). Cláudio será analisado por uma junta de, no mínimo, 12 conselheiros, sorteados aleatoriamente.

Pesam contra o médico inúmeras questões, principalmente assédio moral contra Artur. Ele entrou pelo almoxarifado do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), sem falar com a imprensa e evitando contato direto com familiares e amigos que estão reunidos na recepção do órgão.

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O advogado de acusação do caso, Daniel Lima, reiterou que os registros de desvios de conduta de Cláudio que serão julgados pelo Cremepe. "Foram condutas denunciadas pelo doutor Artur enquanto vivo. Como por exemplo, o uso de uma cola que não era indicada para cirurgias de pulmão, mas para de coração. A cola estava aberta, mas não era utilizada", disse.

Segundo o advogado, a influência de Cláudio para prejudicar Artur Eugênio e assédio moral também passam pelo júri. "Ele reprovou o doutor Artur com notas ínfimas no estágio. Uma comissão mostrou que ele tinha feito um bom serviço e não foi demitido. Ele morreu como funcionário do Hospital das Clínicas", acrescentou.