Líbero Fabi anuncia aposentadoria das quadras
Dona de uma extensa galeria de conquistas, Fabi deu adeus às quadras após a decisão da Superliga, neste domingo (22)
Uma das melhores líberos da história do voleibol mundial, Fabi, de 38 anos, se despediu das quadras de voleibol neste domingo (22). Bicampeã olímpica, Fabi colocou o ponto final em um vitoriosa carreira na final da Superliga 2017/18, realizada em Uberlândia/MG, com vitória do Dentil/Praia Clube/MG em cima do Sesc/RJ, da líbero. A defensora foi um dos destaques da campanha das cariocas e, muito emocionada ao final da partida, falou sobre a decisão de encerrar a carreira.
“É uma decisão difícil que já vinha amadurecendo há algum tempo. Acompanhei esses dias as despedidas de Dante e de André Nascimento, dois jogadores que me inspiraram. Independentemente de qualquer coisa, tinha tomado essa decisão há algum tempo. Estou feliz porque durante 20 anos eu fiz o que eu mais gostava na vida, que é jogar vôlei. Jamais poderia imaginar que chegaria tão longe. Vitória ou derrota faz parte, mas o meu sentimento é de dever cumprido. O voleibol me deu uma oportunidade na vida de me tornar uma pessoa melhor e terminar a carreira disputando uma final de Superliga é muito bacana”, explicou Fabi.
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A líbero do Sesc RJ ainda falou sobre a final da Superliga Cimed 17/18. “O Dentil/Praia Clube jogou muito hoje e mereceu esse título. Foi uma equipe montada para ser campeã. Sabíamos que seria difícil. Fico triste pela derrota, mas lutamos bastante durante toda a temporada”, disse Fabi, que ainda deixou uma mensagem para os fãs do voleibol. "A entrega sempre tem que ser a máxima em tudo na vida. É um privilégio fazer e viver do esporte. Quem me viu na quadra, espero que tenha visto muita dedicação e amor pelo que faz”, finalizou Fabi.
Fabi se despede com um currículo extenso de competições disputadas. Na carreira, só defendeu times do Rio de Janeiro, seu estado natal, com destaque para Flamengo, Vasco e Unilever, que hoje atende pelo nome de Sesc. Na última equipe, atuou por 13 temporadas consecutivas. Sob o comando do técnico Bernardinho, foi decacampeã carioca e da Superliga feminina, tetra do Sul-Americano de Clubes e duas vezes campeã do suíço Top Volley.
Com a seleção, além dos dois títulos olímpicos, destaque para as cinco conquistas no Grand Prix, além de dois vices em Mundiais e um vice na Copa do Mundo. Fabi também soma muitas premiações individuais na carreira, com destaque para os títulos de melhor líbero dos Jogos de Pequim-2008, do Montreux Volley Masters-2009 e do Mundial de Clubes de 2016, fora o posto de melhor recepção da Copa do Mundo de 2011.