'Vingadores: Guerra Infinita': blockbuster empolgante e explosivo

Terceiro filme da franquia do Marvel Studios, 'Vingadores: Guerra Infinita' entra em cartaz no circuito nacional e cumpre o prometido: um explosivo e impactante filme de herói. A estreia do filme marca também a abertura da sala XPLUS Laser, no UCI Kinople

Cena do filme 'Vingadores: Guerra Infinita' - Divulgação

É natural que um blockbuster, ou arrasa-quarteirão, chegue ao circuito exibidor com grande expectativa: as engrenagens do cinema comercial, através da publicidade, trailers e ferramentas diversas de divulgação, se movem e transformam um filme em um produto amplamente interessante, ativando a curiosidade e o fascínio do espectador.

O filme que mais movimentou os espectadores até agora em 2018 é “Vingadores: guerra infinita”, do Marvel Studios, que entra hoje no circuito nacional e mostra que é realmente tudo que prometia ser: uma explosão impressionante de sentidos e emoções, cumprindo todas as metas de um arrasa-quarteirão e ainda por cima deixando o espectador curioso pelo futuro da franquia.

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A cena depois dos créditos do primeiro filme dos Vingadores (2012) anunciava a vinda de um dos vilões mais poderosos do universo Marvel: Thanos, que ao juntar as cinco joias do infinito (que aparecem nos dois primeiros filmes da franquia e nos de cada herói) se tornaria o ser mais poderoso da galáxia. Apenas um estalar de dedos seria suficiente para destruir tudo.

É em “Guerra infinita” que Thanos (interpretado por Josh Brolin) finalmente ganha espaço. Ele é conhecido por invadir mundos e matar a metade da população, para, em sua visão, haver um equilíbrio. Sua origem e motivações são desconhecidas, mas o roteiro é rápido e eficaz em dar uma carga de sentimento e profundidade a esse personagem, diferente dos vilões dos filmes anteriores da franquia, que rapidamente se tornavam entediantes.

A primeira cena mostra Thanos derrotando facilmente Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo) e Loki (Tom Hiddleston). Ele manda lacaios para a Terra em busca de duas joias, o que rende dois empolgantes núcleos de batalha: Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Homem Aranha (Tom Holland) e Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) contra dois capangas; e Capitão América (Chris Evans) e Viúva Negra (Scarlett Johansson) contra outros dois inimigos.

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É de uma cena de ação seguida de outra cena de ação que o roteiro se movimenta. Mesmo com uma longa duração, com 2h30, o filme não parece perder o ritmo. A entrada dos Guardiões da Galáxia rende boas piadas, especialmente com Star Lord (Chris Pratt), e uma dose importante de drama, com Gamora (Zoe Saldana), filha de Thanos, por quem o vilão tinha uma conexão em cuja complexidade parece residir a chave para compreender o inimigo.

A direção é dos irmãos Joe e Anthony Russo, que juntos assinaram o bom “Capitão América 2: O Soldado Invernal” (2014) e o mediano “Capitão América: Guerra Civil” (2016). Embora seja o tipo de filme em que o trabalho de direção parece ser mais coordenar uma grande quantidade de equipes e núcleos e reprisar certas fórmulas de batalha do que propriamente uma carga de estilo e autoria, ainda assim é possível notar esmero técnico e domínio emocional da narrativa

O mérito dos diretores e dos roteiristas Stephen McFeely e Christopher Markus (que trabalharam em boa parte dos filmes mais recentes da Marvel) é não apenas dar espaço a uma grande quantidade de personagens, mas deixar que a narrativa, fragmentada em diferentes ambientes e movimentos dramáticos, nunca realmente perca o fôlego.

O resultado é um filme empolgante, que usa todo o potencial do cinema como um espetáculo. As batalhas são cativantes e os heróis cumprem o papel que os fãs esperam, com feitos incríveis e momentos de redenção. É um filme para ser visto na tela grande, com o máximo de qualidade possível.

Sala

A rede UCI Kinoplex Tacaruna aproveitou o grande evento do cinema comercial que era a estreia de “Vingadores: guerra infinita” para estrear duas novas salas no endereço: a XPLUS Laser (338 lugares) e a Stadium (283), com ingressos variando entre R$ 22 e R$ 38.

A primeira é uma experiência especial de cinema: conta com projetor a laser (único do Nordeste), exibição em 4K e sistema de som Dolby Atmos, com 54 caixas espalhadas pela sala. A segunda conta com uma disposição de cadeiras que ajuda uma fruição mais imersiva. Ambas têm tela maior que o padrão (mas menor do que a Imax, do UCI Kinplex Recife).

Na XPLUS, o que realmente faz a diferença é a qualidade da imagem. A projeção 4K torna as cenas cristalinas, com um brilho realmente impressionante. Mesmo o 3D, que deixa naturalmente a tela mais escura, a imagem ganha um novo potencial de definição.

Enquanto a imagem torna a sessão na XPLUS realmente única, o som, mesmo com grande qualidade, não parece estar tão distante assim de uma sala bem equipada. As caixas dão amplitude ao que é visto na tela, pois envolvem o espectador (estão até mesmo no teto), mas não promovem o mesmo nível de revolução que a imagem parece indicar.

As salas vêm equipadas com poltronas Superseat, que têm encosto reclinável, assento mais largo, braços individuais. São melhores do que as cadeiras tradicionais, mas estão em um nível mais baixo do que as da sala DeLux e Imax, no UCI Kinoplex Recife.

O resultado é que a sala, que parece vir para competir com o Imax (UCI Kinoplex Recife) e XD (Cinemark RioMar), privilegiando o público de Olinda, tem muitos pontos positivos, assim como algumas questões para melhorar. A estreia da sala, na mesma época em que está para abrir um novo complexo em Olinda, da rede Cinépolis (no Shopping Patteo), sinaliza uma maior diversidade e qualidade para o espectador.