Documentário sobre os 80 anos da morte de Lampião é apresentado no Seminário do Cangaço

Na noite desta sexta (27), foi apresentado, no Centro Cultural Manoel Arcanjo, o documentário Angico, 80 anos depois, do pesquisador Jairo Luiz Oliveira sobre a morte do rei do cangaço

Piranhas, no Sertão de Alagoas - Marise Rodrigues/Rádio Folha

A cidade de Piranhas, no Sertão de Alagoas, recebe, até este sábado (28), o Seminário Sertão Cangaço. O evento, aberto nessa quinta (26), marca os 80 anos da morte de Lampião. Na noite desta sexta (27), foi apresentado, no Centro Cultural Manoel Arcanjo, o documentário Angico, 80 anos depois, do pesquisador Jairo Luiz Oliveira, sobre a morte do rei do cangaço.

O trabalho é resultado de uma pesquisa de 20 anos sobre os fatos que levaram ao massacre de Angico, a 12 quilômetros de Piranhas, na margem do rio São Francisco, em Sergipe. Produzido por Aderval Nogueira, o documentário deixou margem para muitos estudos sobre como teria ocorrido a morte de parte do bando de Lampião e derruba teorias sobre quem teria traído o cangaceiro.

As informações provocaram algumas reações do público, formado por simpatizantes do cangaço e descendentes de integrantes das volantes, que combatiam os cangaceiros. Os depoimentos do documentário foram da cangaceira sobrevivente Sila e dos volantes Panta, Elias e Antônio, além de Durval, coiteiro, irmão de Pedro Cândido, que teria traído Lampião. Todos estiveram no local do massacre.

Missa

O Seminário Sertão Cangaço será encerrado neste sábado com uma missa, às 8h, na Grota de Angico, onde, em 28 de julho de 1938, Lampião foi assassinado pela polícia junto com a companheira, Maria Déa - que ficou conhecida como Maria Bonita.

O público que acompanha o evento seguirá para o local em embarcações e seguirão por uma trilha até o local onde aconteceu o assassinato, a 800 metros de altura.