Mostra 'Queermuseu' derruba classificação proibitiva para 14 anos na Justiça

A classificação da exposição 'Queermuseu' deixou de ser proibitiva e passou a ser indicativa

Mostra "Queermuseu" - Mauro Pimentel / AFP

A exposição "Queermuseu" não terá mais classificação proibitiva para 14 anos, agora será apenas indicativa. Segundo o advogado do Parque Lage, Damien Guedes, o museu venceu uma ação contra a proibição nesta terça (21).

A exposição foi reaberta no último sábado (18), no Parque Lage, Rio de Janeiro, com a classificação proibitiva para menores de 14 anos. Isso porque, na véspera, a Justiça proibiu o acesso de menores de 14 anos, alegando que a mostra apresenta nudez e conteúdo sexual.

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A decisão da 1ª Vara da Infância e da Juventude só permitia acesso de jovens de 14 e 15 anos acompanhados dos responsáveis.
"Este juiz fez isso de uma maneira preconceituosa, porque a mostra trata do assunto 'queer'", afirma Guedes que conta, em entrevista à reportagem, que está na frente de 12 outros processos contra a mostra que vão desde inquéritos criminais, civis e até um processo no Ministério da Justiça.

   Polêmica

A primeira exibição da mostra, em Porto Alegre, foi suspensa em setembro do ano passado pelo Santander Cultural após pressão de grupos conservadores nas redes sociais. Entre os artistas que compõem a exposição, estão Adriana Varejão, Cândido Portinari, Lygia Clark, Yuri Firmesa e Leonilson.

A montagem no Rio foi garantida após crowdfunding, que levantou mais de R$ 1 milhão, e polêmica com o prefeito Marcelo Crivella (PRB), que não permitiu que a mostra fosse levada ao MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro).