Comidas “saudáveis” podem enganar
Na dúvida, é importante optar sempre por alimentos naturais
Existem produtos que só de olhar para eles podemos dizer que são saudáveis, certo? Errado. É comum pensar que qualquer sinalização com a palavra “fitness” já seria motivo suficiente para o consumo consciente, mas não é bem assim que funciona e ainda que pareça óbvio, é preciso ficar atento no que pode prejudicar o organismo. Saber diferenciar o que é alimento e produto alimentício é simples e pode ser a chave para entender de uma vez por todas se o que você consome vai fazer bem ou mal.
Nem tudo pode ser considerado alimento. Mesmo que a palavra tenha se popularizado em um contexto amplo, ora, tudo o que comemos são, de fato, alimentos, mas nos termos técnicos dos especialistas, define-se como alimento tudo que podemos encontrar diretamente na natureza, sem conservantes ou aditivos químicos, nada que interfira na sua validade. Já os produtos alimentícios é o que podemos encontrar nas prateleiras dos supermercados, que foram modificados com aromatizante, aditivos e conservantes. Esses, diferente do alimento, caso sejam consumidos em exagero pode contribuir para o quadro de algumas doenças. Em resumo: alimentos são encontrados na natureza, produtos alimentícios, nas estantes dos estabelecimentos.
O especialista em medicina preventiva, Humberto Arruda, esclarece que alimentos são mais saudáveis por conter vitaminas e minerais em melhores proporções e destaca alguns males causados pelas comidas industrializadas. “Elas são os grandes causadores de parte da obesidade, gastrite, colesterol elevado, hipertensão arterial, desnutrição, prisão de ventre, anemia nutricional, além das doenças degenerativas como o mal de parkinson e alzheimer, tudo isso, em parte, se deve ao uso exagerado dos produtos alimentícios”, diz Arruda.
As barrinhas de cereais, produtos lights e diets, biscoito integral, todos eles podem parecer saudáveis e até mais prático diante de uma rotina acelerada, mas segundo Humberto, esses alimentos enganam e podem prejudicar o bom funcionamento do corpo. “Esses produtos estão carregadas de conservantes para que consiga ficar meses e até anos conservados, além de serem ricos em gordura trans, extremamente prejudicial ao organismo”, diz o especialista.
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Alimentos fakes
Alguns alimentos considerados naturais acabam passando despercebidos na distinção do que pode trazer benefícios ou não. Um deles é o suco de fruta. O ideal é sempre optar em comer a fruta, pois quando se escolhe pelo suco, parte das fibras acabam se perdendo durante o processo. Já os de caixinha também não fazem bem, por conter uma quantidade exagerada de aromatizantes danosos à saúde. Outros nomes que merecem atenção são a farinha láctea e a sopa de saquinho, ambas com alto teor de carboidrato e sódio, respectivamente.
Humberto faz um alerta sobre o uso de um composto chamado glutamatomonosodio, utilizado em diversos produtos. “Ele é um sal com função de realçar o sabor dos alimentos, então acaba sendo utilizado em muitas coisas, como fastfood e molhos, mas pode causar dor de cabeça, aceleração dos batimentos cardíacos, dor no peito, dormência e formigamento no rosto, sudorese, palpitações e, se utilizado a longo prazo, obesidade, depressão, lesões oculares e enxaqueca, é difícil pegar um produto industrializado sem esse composto”, alerta Arruda. “Atenção aos produtos ditos como saudáveis, se forem industrializados, devem ser consumidos com pouca frequência, mesmo considerado sem glúten e lactose, precisam de moderação, sem estender o consumo na rotina”, finaliza Arruda.
Serviço:
Humberto Arruda, especialista em Medicina Preventiva
Rua Padre Carapuceiro, 752, sala 1201, Boa Viagem
Informações: 99897-5519
*Especial para a FolhaPE