SEGURANÇA

Coronel ensina como prevenir afogamentos em praias e lista cores que crianças devem vestir no mar

Rosa e amarelo estão entre cores que crianças devem usar nas roupas de banho

Registro da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na tarde desta segunda-feira (8) - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

A praia é o destino "obrigatório" para muitas pessoas em momentos de lazer. Durante as atuais férias de verão, a crescente no número de banhistas pode ser percebida com facilidade ao longo do litoral de Pernambuco. Mas como se proteger do risco de afogamento? Tomar banho de mar tendo ingerido bebidas alcoólicas é perigoso? Existem formas de perceber crianças em perigo na água?

Essas e outras perguntas foram respondidas pelo coronel Ramos, do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), que integra o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE).

"É muito importante que nesse período de verão, que é justamente uma época onde se juntam famílias e amigos para aproveitar a praia, as pessoas se previnam", inicia, antes de listar cores de roupas de banho que devem ser escolhidas para as crianças se divertirem no mar e também na faixa de areia, de forma que estejam em evidência no local.

"Amarelo, laranja, rosa e verde claro chamativo. Essas são cores que identificamos logo as crianças. Não só no mar, mas na areia também. Nós sabemos que as crianças, no geral, são muito curiosas. Elas podem se afastar dos pais se algo chamar a atenção delas", frisa.

Laranja, amarelo, rosa e verde claro são cores de roupas que devem ser usadas pelas crianças na água do mar | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Defendendo a proximidade física com as crianças na praia, ele cita que a distância ideal deve ser "de um braço". Distrações a partir de objetos como livros e celulares também são alertadas.

Coronel Ramos, representante do Grupamento de Bombeiros Marítimo de Pernambuco | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

"É importante que os pais fiquem totalmente atento às crianças, e nunca posicionados a mais que 'um braço' de distância delas. É importante que tenham toda atenção e que aproveitem o momento. Não é indicado que os pais leiam livros nem se distraiam com o celular. Aquele momento deve ser exclusivo para que eles possam registrar o momento, não para que esqueçam a criança e aconteça uma tragédia", afirma.

Expandindo as dicas de segurança para o público geral, ele aponta o cenário adequado para aproveitar o passeio em segurança.

"É importante só entrar na água até a altura da cintura, porque a prevenção sempre é a melhor opção. A pessoa deve verificar se há arrecifes no local e piscinas naturais, além de conferir se a maré está baixa. Quando perceber que a maré está enchendo e a água ficando turva, ou que está chovendo, é melhor não entrar na água", aconselha.

A combinação entre álcool e mar também precisa ser equilibrada, uma vez que os reflexos ficam comprometidos.

"A ingestão de bebida alcoólica, principalmente em excesso, faz com que se percam reflexos. Então, a pessoa imagina que sabe nadar e que pode fazer qualquer coisa. Esse excesso de confiança faz com que ela possa ter um acidente de afogamento", pontua.

Coronel cita necessidade de equilíbrio entre consumo de bebidas alcoólicas e banho de mar | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

De janeiro a novembro do ano passado, foram registrados 129 afogamentos em praias das cidades do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Desse total, sete pessoas morreram. Os dados de dezembro ainda estão sendo mapeados pelo CBMPE.

Em 2023, sete casos de afogamento em praias foram registrados.

No último sábado (6), na Praia de Maria Farinha, Paulista, três pessoas se afogaram, e somente duas sobreviveram. 

Nesta segunda-feira (8), quatro casos foram registrados, sendo dois na Praia de Boa Viagem e outros dois na Praia de Maria Farinha.

Na primeira ocorrência, um homem de 18 anos morreu afogado enquanto tentava salvar a sua namorada, de 16 anos, que estaria se afogando. Ela conseguiu sair da água consciente, enquanto ele sofreu uma parada cardiopulmonar. O caso aconteceu nas proximidades do Edifício Minuano.

Já em Maria Farinha, dois afogamentos aconteceram, sendo uma das vítimas uma criança de oito anos, que morreu.