jaaboatão dos guararapes

Desabamento de prédio em Jaboatão não deixa vítimas, confirma Samu

O prédio foi interditado no último domingo (4), com sinais evidentes de rachaduras, inclusive com registros de cerâmicas soltas feitos pelos moradores

Ninguém ficou ferido em desabamento do Edf. Katia Melo, em Piedade - Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou que o desabamento do Edifício Kátia Melo, em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, na manhã desta terça-feira (6), não deixou vítimas.

A confirmação veio por volta das 13h50, após equipes do próprio Samu, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do município concluírem as buscas nas ruínas nas estruturas. No processo, os agentes chegaram a utilizar cães farejadores para vasculhar os escombros.

O prédio foi interditado no último domingo (4), com sinais evidentes de rachaduras, inclusive com registros de cerâmicas soltas feitos pelos moradores. No mesmo dia, os próprios residentes já desocuparam o ponto, inicialmente por conta própria, e, depois, com auxílio da Defesa Civild e Jaboatão dos Guararapes. Isso contribuiu bastante para que ninguém tenha ficado ferido ou perdido a vida com o desabamento.

O Kátia Melo era um prédio-caixão e foi construído há 45 anos. Além do térreo, possuía três andares e 16 apartamentos. O desabamento ocorreu por volta das 10h50 desta terça-feira. Até o momento, como explicou o coronel, ainda não se sabe o que causou a ruptura da estrutura.

 
 
 
 
 
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Problemas estruturais
Em entrevista à Folha de Pernambuco, o secretário executivo da Defesa Civil do município, coronel Elton Moura, explicou que a autarquia apenas tomou conhecimento dos problemas estruturais justamente a partir da interdição.

"Foi do domingo para cá. Esse prédio não tinha histórico anterior de rachaduras. Se, por um acaso, houve problemas estruturais, eles nunca foram relatados para a Defesa Civil e Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Esse prédio é bem antigo, tem 45 anos e, naturalmente, eles tinham que fazer manutenções. Então a Defesa Civil não tinha sido chamada anteriormente para fazer algum tipo de registro de rachaduras", explicou.

"Identificamos as queixas dos moradores e passamos a implementar a retirada preventiva de todos os moradores. As rachaduras precisavam ser acompanhadas para que pudéssemos ver a evolução disso. Passamos o Termo de Interdição para a administradora e auxiliamos alguns moradores a tirarem materias do edifício porque ainda era possível fazer isso. Com o passar do tempo, vimos que as rachaduras poderiam aumentar de intensidade e interditamos a entrada dos moradores", completou.

Prefeito de Jaboatão fala sobre desabamento
Nas redes sociais, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, se solidarizou com as famílias que perderam seus imóveis e pertences após o desabamento do Edifício Kátia Melo.

"A desocupação imediata, determinada pela equipe, foi essencial para evitar uma tragédia", destacou o gestor, que recebeu a informação do desabamento enquanto inaugurava uma unidade de saúde no bairro de Barra de Jangada.

"Desde os primeiros momentos, as equipes da Prefeitura estão no local, prestando apoio, garantindo a segurança da área e atuando na remoção dos escombros. A prefeitura prestará toda a assistência necessária", afirmou Mano Medeiros. 

 
 
 
 
 
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Confira, abaixo, a nota da Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes na íntegra:
"A Secretaria Executiva de Defesa Civil da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes informa que nesta terça-feira (6), o edifício Kátia Melo, localizado no bairro de Piedade, desabou parcialmente às 10h51 da manhã. Não houve vítimas.

O edifício estava interditado desde às 20h do último domingo (4), após uma vistoria técnica feita pela equipe da Defesa Civil. Na ocasião o imóvel apresentava vários sinais de deterioração, como fissuras, abatimento de piso e indícios de movimentação na estrutura.  O imóvel também foi vistoriado pelo CREA.

A Defesa Civil orientou as famílias residentes a desocupar imediatamente o imóvel. Em relação aos imóveis adjacentes, a Defesa Civil recomendou a desocupação temporária."