Prefeito de Niterói cobra urgência no resgate de brasileira que caiu em trilha na Indonésia
Rodrigo Neves disse estar em contato com a Embaixada do Brasil para cobrar ações sobre o caso de Juliana Marins, moradora do município que caiu durante trilha no país asiático
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, usou as redes sociais para afirmar que está em contato direto com a Embaixada do Brasil na Indonésia e cobrar providências urgentes das autoridades locais para o resgate da publicitária Juliana Marins, de 26 anos.
Moradora de Niterói, ela caiu durante uma trilha guiada no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, na noite de sexta-feira, e aguarda resgate há mais de 15 horas.
"Seguimos em oração e com esperança de que tudo termine bem. Continuaremos acompanhando de perto a situação", escreveu o prefeito na legenda de um vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter).
Acesso a comida e água
Juliana foi alcançada por montanhistas na manhã deste sábado. Segundo familiares, a equipe conseguiu chegar até Juliana antes das 12h (horário de Brasília), oferecendo comida e água.
A embaixada brasileira na Indonésia informou que o resgate, no entanto, precisou ser adiado devido ao mau tempo, à baixa visibilidade e ao terreno extremamente íngreme. O comunicado foi repassado à família da niteroiense. Juliana pode estar ferida e permanece na encosta após cair durante uma trilha na sexta-feira.
“Até as 17h30 no horário local (6h30 de domingo no horário de Brasília), a equipe conjunta de busca e salvamento chegou ao ponto onde foi encontrado o mochilão da vítima, mas ainda não conseguiu alcançá-la devido às condições climáticas, baixa visibilidade e terreno íngreme. As operações serão retomadas pela manhã”, informou a embaixada brasileira, segundo familiares.
O acidente ocorreu por volta das 19h da sexta-feira (horário de Brasília), e desde então Juliana aguarda socorro. Ela caiu cerca de 300 metros encosta abaixo e, segundo a família, está consciente, mas exposta a risco de uma nova queda, “na beira de um precipício”.
Um vídeo captado por drone e enviado à família por pessoas que estavam na trilha mostra Juliana se movendo, mesmo com possíveis escoriações. As imagens, obtidas pelo GLOBO, confirmam seu estado de consciência.
— Depois de cair ela ainda deslizou cerca de 300 metros montanha abaixo. É possível que ela não sobreviva por conta da demora no resgate e caia — diz a irmã, Mariana Marins.
A primeira tentativa de resgate ocorreu na madrugada de sábado, mas os socorristas não conseguiram ultrapassar a área de acesso crítico. Uma nova equipe de montanhistas especializados foi mobilizada e avançou até onde foi encontrado o mochilão da jovem. A previsão, agora, é de que o resgate seja retomado ao amanhecer de domingo na Indonésia (noite de sábado no Brasil).
Juliana está em um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, e já visitou países como Filipinas, Tailândia e Vietnã. Na Indonésia, ela participava de uma trilha guiada quando sofreu a queda.
A família só foi informada cerca de três horas após o acidente, por meio de turistas espanhóis que estavam no local. Eles localizaram o perfil da jovem nas redes sociais e entraram em contato com conhecidos no Brasil, que conseguiram acionar parentes e autoridades.