REPOUSO

Michelle posta comunicado e diz que Bolsonaro ficará de repouso, em casa, por todo mês de julho

Cancelamentos de agendas acontece para 'recuperação' após 'crises recorrentes de soluços', segundo a ex-primeira dama

Bolsonaro - Sergio Lima/AFP

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou agendas previstas para julho e disse que ele passará o mês em casa. Em nota compartilhada nas redes sociais, ela relatou que ele permanecerá em "repouso domiciliar para recuperação completa" depois de "cirurgia extensa e internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços, que dificultam sua fala".

"Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar de repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crises de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fatos que me impedem até de falar", diz o comunicado postado por Bolsonaro. A nota de Michelle também informa que "durante esse período, ele ficará afastado de suas atividades habituais, incluindo agendas públicas e atividade político-partidária, retornando tão logo esteja plenamente restabelecido".
 

 


O cancelamento de compromissos previstos para os próximos dias já havia sido comunicado a aliados ontem, depois do ex-presidente faltar ao evento do PL 60+ na Câmara dos Deputados, em Brasília. A nova suspensão de sua participação em agendas do partido acontece cinco dias após ele retomar suas atividades, depois de um período de uma semana de afastamento provocada por uma pneumonia infecciosa.

Desde então, Bolsonaro fazia tratamento com antibióticos. A recomendação médica era de repouso e redução de atividades públicas, mas o ex-mandatário esteve presente na manifestação na Avenida Paulista, como a realizada neste domingo, e viajou para Belo Horizonte na semana passada, para uma reunião com o vice-governador de Minas, Mateus Simões, e participação em um evento do diretório estadual do partido.

Crises de soluços constantes
Assim como na última vez em que se indispôs e cancelou agendas, em Goiás, Bolsonaro estava com um quadro de soluços prolongados. À época, o próprio ex-presidente falou do problema ao deixar o hospital.

"Uma coisa rara, ninguém consegue diagnosticar. Anos atrás já tive esse mesmo problema, anos atrás já tive os mesmos episódios, é uma crise que dura 24 horas, até uma semana de soluço", disse a jornalistas. "É em função da facada, e a última cirurgia meu sentimento como paciente é que foi muito bem executada".

O episódio ocorre cerca de dois meses depois do ex-chefe do Executivo ter sido submetido a mais uma cirurgia abdominal. Desde que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, ele enfrenta complicações recorrentes e já passou por sete procedimentos cirúrgicos.

Em junho, o médico responsável por Bolsonaro, Cláudio Biroloni, disse que o ex-presidente precisará passar por uma “reeducação” alimentar para que o quadro de soluços seja resolvido.

"Ele come muito rápido, engole a comida sem mastigar, fala enquanto come. Será preciso reeducá-lo para diminuir as crises de soluço", apontou o médico.