RHP: tradição, excelência e cuidado humanizado
Aos 170 anos, Real Hospital Português reforça identidade como referência em saúde e beneficência em Pernambuco, com atuação que vai além da assistência médica
Maior complexo hospitalar privado do Nordeste, o Real Hospital Português de Beneficência (RHP) completou 170 anos na última terça-feira (16). O RHP, que conta com unidades na área central do Recife e na Zona Sul, cresceu ao longo das décadas e se consolidou como símbolo de solidariedade e compromisso com a saúde pública que permeia gerações.
A instituição nasceu beneficente em 1855, a partir do esforço da comunidade luso-brasileira para cuidar das vítimas da epidemia de cólera. O hospital acolhia os doentes sem distinção de raça, credo, nacionalidade ou condição social, oferecendo atenção médica e humanizada em uma época em que os recursos eram escassos e a infraestrutura precária.
Ao longo do século 20, o hospital passou a atender também os pacientes da saúde suplementar. Mas o cuidado humanizado perdura como parte importante da sua essência. Mesmo sendo uma instituição privada, o RHP mantém desde 1984 o Ambulatório de Beneficência Maria Fernanda, que oferece atendimentos gratuitos a pessoas em situação de vulnerabilidade cadastradas, que residem nas comunidades localizadas no entorno da instituição.
Parceria com o SUS
Além da atuação beneficente, o RHP também se destaca como parceiro estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo procedimentos de alta complexidade como cirurgia cardíaca e vascular; transplante renal, cardíaco, hepático e de Medula Óssea (TMO), além de radioterapia, hemodiálise e UTI.
“A Beneficência está em nosso DNA e estamos sempre buscando maneiras de ampliá-la, seja em novas parcerias com o SUS, seja em ações gratuitas como as que são desenvolvidas pelo Ambulatório Maria Fernanda”, reforça o diretor médico do RHP, Noel Loureiro.
Números
Somente em 2024, o hospital realizou cerca de 980 mil atendimentos, entre emergências, consultas, exames e cirurgias.Desse total, 30% foram realizados por meio do SUS e da beneficência. Na oncologia, 58% dos 1.700 pacientes da radioterapia foram atendidos pelo sistema público.
Também no ano passado, a instituição investiu R$ 6 milhões na renovação do parque de hemodiálise. Foram instalados 86 novos equipamentos, sendo 74 máquinas de hemodiálise e 12 de hemodiafiltração, fortalecendo a capacidade da instituição, que realiza cerca de 5.400 sessões mensais e quase 65 mil por ano.
“Como somos uma instituição sem fins lucrativos, todo recurso obtido é integralmente investido na própria instituição, o que nos permite ofertar ao SUS todos os serviços de alta complexidade já citados”, explica o diretor de relacionamento médico do RHP, Pedro Casé.
“Desta forma, podemos disponibilizar aos pacientes atendidos através do SUS as mesmas modernas máquinas alemãs BBraun usadas na hemodiálise de convênio. Com 60 máquinas dedicadas ao atendimento via SUS, beneficiamos cerca de 400 pacientes. Podemos dizer que, no RHP, funciona a maior clínica de hemodiálise SUS de Pernambuco”, completa o diretor.
O compromisso com a saúde pública foi reforçado recentemente com o anúncio do Governo Federal da integração do RHP ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que resultou na a doação de um acelerador linear, equipamento de R$ 10 milhões utilizado para radioterapia. “Esse aparelho nos permitirá duplicar os atendimentos através do SUS”, destaca o diretor.
A atuação do hospital vai além da assistência médica. Programas como o “É Comigo”, que capacita pessoas em vulnerabilidade social para o mercado de trabalho, ampliam o impacto social do RHP. O que faz desta instituição um modelo em propósito social.
Empatia
Atrelado à modernidade, o hospital mantém viva a cultura que o fundou. “Recife foi fundada há 488 anos e em mais de um terço desta história o RHP esteve aqui, cuidando da população pernambucana com carinho e dedicação. Desde o início do seu funcionamento, os profissionais tinham essa capacidade de se doar, de se colocar no lugar do outro e de dar o seu melhor. Isso criou uma cultura muito sólida de empatia e humanismo que vem sendo passada de geração em geração. Não é à toa que um de nossos valores é a ‘paixão por cuidar’”, conclui o Dr Noel Loureiro.
Ao completar 170 anos, o Real Hospital Português reafirma seu compromisso com a saúde, a inovação e a beneficência, mantendo viva a paixão por cuidar que o tornou referência nacional.