BEBIDAS ADULTERADAS

SES-PE investiga dois novos casos de intoxicação por metanol em Pernambuco

Recomendação do Ministério da Saúde é que os brasileiros evitem destilados

Mulher de 26 anos apresentou sintomas após ingerir gin - Pixabay

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, nesta sexta-feira (3), a suspeita de dois novos casos de intoxicação por metanol em Pernambuco. 

As notificações são referentes a uma paciente do sexo feminino, residente de São Paulo, e que está sendo acompanhada por um serviço de saúde em Ipojuca.

A mulher, de 26 anos, apresentou sintomas após a ingestão de gin. A paciente procurou ajuda após apresentar diarreia, dispneia (falta de ar), vertigem, azia, dormência nas mãos e pés, além da sensação de formigamento na boca. 

O outro caso é referente a um paciente do sexo masculino natural de Gravatá. Ele buscou atendimento em serviço de saúde de Caruaru. 

O homem, de 30 anos, apresentou dificuldade para enxergar após a ingestão de bebida alcoólica destilada. Ele segue em acompanhamento pela equipe multidisciplinar no Agreste.  

De acordo com a SES-PE, além dos novos dois casos, a investigação no estado também envolve as seguintes notificações:

Outro caso suspeito está sendo investigado pela polícia e ainda não é contabilizado pela SES-PE.

>> Recife lança canal para denúncias de bebidas adulteradas com metanol

Trata-se de um homem natural de Lajedo, identificado como Jonas da Silva Filho, de 25 anos, que morreu na madrugada do dia 29 de agosto, antes de ser transferido para o HMV.

Antídoto para intoxicação
Pernambuco recebeu, nesta sexta-feira (3), ampolas de etanol farmacêutico. A substância é utilizada como antídoto para o tratamento de pacientes com quadro de intoxicação por uso de metanol. 

As ampolas foram trazidas ao estado pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA) e estão sendo encaminhadas para os hospitais da Restauração (HR), no Recife; e Mestre Vitalino, em Caruaru, unidades de referência para casos de intoxicação no estado.

O estado ainda conta com um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE).

O grupo de monitoramento formado por representantes técnicos das áreas de Vigilância em Saúde, Rede de Urgência e Emergência, Regulação de Leitos, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) realiza o acompanhamento das notificações de casos suspeitos.

Orientações sobre o consumo de álcool
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou que a população evite o consumo de bebidas destiladas em caso de desconhecimento da origem da fabricação.

"Evite, nesse momento, ingerir um produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tenha absoluta certeza da origem dele", afirmou Padilha, reforçando não falar apenas na condição de ministro, mas também como médico.

"Não estou falando de um produto essencial para a vida das pessoas, um produto da cesta básica. É um produto que é objeto de lazer. Não faz problema nenhum na vida de ninguém evitar o consumo desses destilados", completou.