NOVELA DAS 9

"Vale Tudo": OAB se manifesta após cenas com depoimentos de suspeitos de matar Odete Roitman

Órgão comenta sequência em que os personagens César, Celina, Heleninha, Marco Aurélio e Maria de Fátima presta esclarecimentos à polícia

Da esquerda para a direita, os suspeitos do assassinato de Odete Roitman em 'Vale tudo' (2025): César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli), Heleninha (Paolla Oliveira), Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos) - TV Globo/Reprodução

Em meio à repercussão da reta final de " Vale tudo" — que até o dia 17 de outubro, data em que vai ao ar o último capítulo da novela, manterá o suspense sobre quem matou Odete Roitman ( Debora Bloch) —, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou sobre o caso da ficção. O órgão chamou atenção para o fato de nenhum dos personagens investigados ter prestado depoimento sem a presença de um advogado.

Nas cenas que foram ao ar nos últimos dias, Heleninha ( Paolla Oliveira), Maria de Fátima ( Bella Campos), Marco Aurélio ( Alexandre Nero), César ( Cauã Reymond) e Celina ( Malu Galli) prestaram esclarecimentos à polícia sem a presença de um defensor.

"Todo mundo indo depor sem advogado em 'Vale tudo'? Na vida real, isso não valeria! A advocacia é indispensável para garantir direitos", ressaltou o perfil da OAB na rede social X.



Mas, afinal, é possível prestar depoimento sem a presença de um advogado de defesa?


Em regra, num inquérito policial, é possível, sim, prestar depoimento sem um advogado, especialmente como vítima, testemunha ou suspeito/acusado por um crime. No entanto, é altamente recomendado a presença de um advogado para que os direitos da pessoa em questão sejam assegurados — para que sejam evitados erros no depoimento.

A recomendação, segundo a OAB, é que os depoimentos sejam sempre feitos mediante a presença de advogados. "A presença da(o) advogado(a) é um direito de toda pessoa. Ninguém deve ser ouvido em investigação, interrogatório ou audiência sem assistência jurídica. É isso que garante um processo justo e equilibrado", reforça o órgão.

"A Constituição Federal é clara: Art. 133 — 'O advogado é indispensável à administração da justiça.' Sem advocacia forte, não há Estado de Direito", complementa a OAB.