Metrô do Recife: Ramal Jaboatão volta a funcionar, e Ramal Camaragibe permanece paralisado
Não há previsão de retorno da operação do ramal Camaragibe
Após um incêndio que atingiu um trem da Linha Centro do Metrô do Recife, entre as linhas Curado I e Alto do Céu, no último sábado (25), o Ramal Jaboatão voltou a funcionar às 5h desta segunda-feira (27). O serviço estava sem funcionar desde então.
Apesar da volta do Ramal Jaboatão, o Ramal Camaragibe ainda permanece paralisado.
De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os técnicos estão trabalhando para retomar o serviço, mas ainda não há previsão de horário para normalização do ramal.
A Linha Sul do Metrô do Recife segue funcionando normalmente.
Incêndio no trem
De acordo com a CBTU, o incêndio do trem se deu por volta das 13h do último sábado, em decorrência da falta de energia no sistema.
O retorno da energia teria provocado um curto-circuito na rede aérea, seguido de um incêndio, causando o incidente no trem que trafegava entre as estações Curado e Alto do Céu.
Na ocasião, o maquinista teria solicitado aos passageiros que se retirassem da composição. Não houve registro de feridos.
Sindmetro-PE e Fenametro se posicionam
No último sábado, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e a Federação Nacional dos Metroferroviários (Fenametro) se posicionaram a respeito do incidente no Metrô do Recife.
Na nota conjunta, o Sindmetro-PE e a Fenametro demonstraram indignação diante do estado em que se encontra o Metrô do Recife. Segundo eles, a situação é “fruto de anos de abandono, falta de investimento e descaso do governo federal com o transporte”.
“Esse descaso quase se transformou em tragédia: a rede aérea cedeu e uma composição pegou fogo durante a operação. Graças à competência, ao profissionalismo e à coragem dos metroviários e metroviárias, não houve vítimas. Mas o episódio deixa evidente o que o Sindmetro-PE e Fenametro vêm denunciando há meses: o sistema está à beira do colapso total”, afirmaram.
Ainda no comunicado, o Sindmetro-PE e Fenametro também se posicionaram contrários à privatização do transporte.
“Privatizar significa aumentar tarifas, piorar o serviço, reduzir a oferta e destruir empregos. O metrô é um serviço essencial que deve permanecer público, estatal e sob controle social, a serviço da população — e não do lucro de empresários”, argumentaram.