Seleção: Ancelotti explica ausência de Neymar, volta de Paquetá e novidades na convocação
Treinador citou que já tem uma base fixa, mas que pretende fazer observações nas próximas listas antes de definir o grupo final que irá à Copa do Mundo
A segunda convocação do técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, para os próximos dois jogos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, contra o Chile, no dia 4 de setembro, no Maracanã, e perante a Bolívia, no dia 9 do mesmo mês, no Municipal de El Alto, tiveram nove novidades com relação à lista anterior e uma ausência em destaque: Neymar.
O atacante do Santos era aguardado inicialmente na segunda convocação de Ancelotti, mas uma lesão na coxa tirou a possibilidade de o camisa 10 retornar à Seleção.
“Neymar teve um pequeno problema na última semana, mas não precisamos testá-lo. Toda a comissão, a Seleção e os torcedores o conhecem bem. Ele tem, assim como todos os outros, de chegar em uma boa condição física para estar aqui e ajudar a equipe a fazer as coisas bem na Copa do Mundo”, ressaltou Ancelotti, chamando atenção para a possibilidade de observar novos atletas com a convocação.
“A lista mudou um pouco em relação à primeira convocação. Tem nove jogadores que não estão, como Carlos Augusto, Beraldo, Léo Ortiz, Danilo, Andreas Pereira, Gerson, Ederson, Antony e Vinícius. Não estão aqui porque a ideia que tenho é conhecer novos jogadores que eu não conheço bem. Sobre perfil técnico, conheço todos, mas quero conhecer outros que podem ajudar a Seleção a fazer as coisas bem. Os que não estão aqui trabalharam muito bem na primeira convocação e quero agradecer a cada um por isso”, frisou.
“O Brasil tem muitos bons jogadores aqui, na Europa, Arábia e Rússia. Fazer uma lista nova não será fácil, mas temos de aproveitar os próximo jogos. Teremos 10 meses para preparar bem a lista definitiva. Não posso chamar todos que não conheço porque esse grupo precisa ter uma base fixa de jogadores muito importantes. Ao redor do grupo, teremos de ter jogadores que, no futuro, podem estar na lista definitiva”, completou.
As novidades na lista foram os laterais Caio Henrique e Douglas Santos, os zagueiros Fabrício Bruno e Gabriel Magalhães, os meias Joelinton e Paquetá, além dos atacantes João Pedro, Kaio Jorge e Luiz Henrique.
Paquetá, que volta à Seleção após ser inocentado em investigação sobre manipulação esportiva, e Kaio Jorge, artilheiro do Brasileirão, com 15 gols, foram elogiados pelo treinador.
“Paquetá tem qualidade técnica, é um meia importante que pode jogar em diferentes posições no campo. Quero aproveitar esse tempo para conhecê-lo melhor”, citou, antes de apontar os motivos que fizeram Kaio ser chamado. “A característica de um atacante é fazer o gol e ele está fazendo muitos. É o goleador do Campeonato Brasileiro, um atacante jovem que já tem experiência porque já jogou na Itália. Ele merece estar com a Seleção”, observou.
Veja outros trechos da entrevista
Ausência de Rodrygo e base da Seleção
A ideia é ter um grupo de 14, 15 jogadores que podem estar no Mundial e rodar um pouco com os outros. Rodrygo é um atleta que tenho carinho. Jogou bem ontem no Real Madrid, mas foi o primeiro jogo dele depois de muito tempo. Ainda tem tempo de se preparar bem e voltar à equipe. Um critério importante na comissão é o critério físico. Quem joga na Seleção tem de estar 100% na sua condição física. Esse critério é muito importante para nós.
Qualidade da geração
A geração é muito boa. Se só olhamos o elenco de hoje, temos jogadores bons e muitos outros que não estão nessa lista. Temos oito atacantes e muitos não estão. Não há, em outras seleções, a mesma qualidade e quantidade como temos no Brasil. Acho que esse time pode competir na Copa. A exigência pelo fato de o país ter ganho cinco vezes o Mundial é normal. A pressão é normal e não é ruim porque, se você tem, não vai dormir.