Carroceiros e vereadores não chegam a acordo, e protestos continuam, diz liderança
Grupo se encaminha à sede da Prefeitura do Recife (PCR) e prepara novos atos
Reunião entre carroceiros e vereadores chegou ao fim sem acordo entre as partes, no começo da tarde desta segunda-feira (18). Por isso, garante Marcos Batista, conhecido como Neno, liderança da categoria, novos atos não estão descartados.
O grupo se encaminha à sede da Prefeitura do Recife (PCR) e prepara novos atos.
O grupo ateou fogo em entulhos para fechar a rua Princesa Isabel, na área central do Recife, em frente à Câmara.
Outros sete protestos aconteceram ao longo da manhã, em diversas vias da capital pernambucana e de Olinda.
“A gente pediu para que faça uma ponte com a prefeitura e que seja revista essa lei. É uma lei totalmente inconstitucional, uma lei injusta. Tanto com a gente quanto com os animais. O que é que vai acontecer? Quem vai sofrer com isso? Os carroceiros? Mas os animais também, por que não tem o abate do outro lado?”, reclamou Neno.
Aos gritos de “Queremos trabalhar!”, dezenas de carroceiros foram à Câmara dos Vereadores para reclamar da proibição da circulação de veículos de tração animal no Recife. Segundo a prefeitura, a medida começa a valer a partir de 31 de janeiro de 2026.
“Tem cavalo aqui se tomarem da gente eles vão morrer. Pode tratar, pode dar o melhor trato do mundo, mas tem cavalo aqui que se tirar da mão da gente ele vai morrer, por falta do dono”, completou a liderança dos carroceiros.
O presidente da Câmara Romerinho Jatobá diz que os carroceiros levaram para discussão sugestões e reivindicações diferentes do que apresenta o projeto, que é a proibição da circulação.
“O projeto determina o fim da tração animal, e eles pedem que seja regulamentada. Não cabe nem emenda desse tipo, porque descaracteriza completamente”, pontuou o presidente da Câmara, dizendo que se colocou à disposição para intermediar uma conversa com o Poder Executivo.