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União Europeia

UE irá retirar mais bancos russos do sistema Swift

Segundo o diplomata, até o momento foram aprovados cinco pacotes de sanções

Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros em conferência no PanamáJosep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros em conferência no Panamá - Foto: Luis Acosta / AFP

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, afirmou nesta segunda-feira (2) que o sexto pacote de sanções contra a Rússia por sua "agressão injustificada à Ucrânia" incluirá a saída de mais bancos russos do sistema internacional de transações financeiras Swift e restrições ao setor de energia.

O diplomata europeu, em visita ao Panamá, informou em entrevista coletiva que "serão afetadas duas das dimensões inacabadas do processo de sanções que estamos aplicando. No setor bancário, haverá mais bancos russos que sairão do Swift".

"No setor de energia, trabalhamos para preparar propostas que permitam limitar as importações energéticas da Rússia, principalmente no que se refere ao petróleo", acrescentou o representante da UE. 

Segundo o diplomata, até o momento foram aprovados cinco pacotes de sanções, que incluíram proibições a entidades financeiras e estatais, e a autoridades, funcionários e oligarcas ligados ao Kremlin.

Embora tenha evitado especificar os bancos envolvidos, fontes diplomáticas europeias indicaram que o maior banco russo, Sberbank, que representa 37% do mercado, estará na lista.

Borrell participará amanhã de uma reunião com chanceleres da América Central e do Caribe em que serão discutidas as consequências para a região do conflito entre Rússia e Ucrânia.

A UE, que compra da Russia dois terços do petróleo que consome, deseja cortar o financiamento dos planos de guerra do Kremlin. "Minha equipe, no comitê político de Relações Exteriores da UE, trabalha para preparar o sexto pacote de sanções. Acredito que no próximo conselho de Relações Exteriores (no dia 16) poderão ser tomadas medidas que limitem essas importações de forma significativa", considerou Borrell.

"Para isso, é necessário o acordo de todos os Estados membros. Estou confiante em que, pelo menos no que se refere às importações de petróleo, isso será possível até o próximo conselho", ressaltou o funcionário.

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