Guerra

Biden acelera entrega de armas dos EUA à Ucrânia

O presidente utilizou como base uma medida criada durante a Segunda Guerra Mundial para ajudar países aliados

O presidente Joe Biden, acelerou nesta segunda-feira (9) o envio de armamento à UcrâniaO presidente Joe Biden, acelerou nesta segunda-feira (9) o envio de armamento à Ucrânia - Foto: DREW ANGERER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP

O presidente americano, Joe Biden, acelerou nesta segunda-feira (9) o envio de armamento à Ucrânia com base em uma medida criada durante a Segunda Guerra Mundial para ajudar aliados dos Estados Unidos a derrotar a Alemanha nazista.

Biden assinou a ordem na Casa Branca e informou que seu país apoia os ucranianos "na defesa de seu território e sua democracia perante a guerra brutal de Putin".

Também disse estar pronto para fazer uma concessão política no Congresso para obter a aprovação rápida de 33 bilhões de dólares adicionais para apoiar a Ucrânia.

"Não podemos nos permitir um atraso neste esforço vital da guerra", disse em um comunicado, instando o Congresso a colocar "de imediato sobre minha escrivaninha" o projeto de lei de financiamento da Ucrânia.

Admitindo os bilhões de dólares gastos pelos Estados Unidos, Biden disse que "ceder à agressão é ainda mais caro".

A norma assinada por Biden, que facilita o fluxo de equipamento militar, "está baseada em um programa da Segunda Guerra Mundial para ajudar a Europa a resistir a Hitler", disse a Casa Branca.

A medida adotada pelo presidente Biden ocorre no dia em que se celebra a vitória aliada na Europa em 1945, que marcou a derrota da Alemanha de Hitler. 

Biden também destacou que esta segunda marca o aniversário do Dia da Europa, que comemora o início da União Europeia em 1950 e a criação de uma "potência econômica" e uma "força global de paz". 

A atualização do empréstimo ocorre horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, supervisar um desfile militar na Praça Vermelha, em Moscou, também comemorativo pela vitória soviética contra a Alemanha nazista. 

Mais cedo, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, criticou o presidente russo, Vladimir Putin, por ter, segundo ele, dito algo "absurdo" e insultar a história ao apresentar a invasão russa da Ucrânia como uma operação defensiva.

"Chamar isto de uma ação defensiva é patentemente absurdo", disse Price a jornalistas.

"É um insulto aos que perderam a vida e aos que foram vítimas desta opressão sem sentido".

"Passo histórico"
Em um tuíte, o presidente ucraniano, Volodomir Zelensky, comemorou a medida e também relembrou a guerra contra a Alemanha.

"É um passo histórico. Estou convencido de que venceremos juntos outra vez. E que defenderemos a democracia na Ucrânia. E na Europa, como há 77 anos", escreveu.

Na década de 1940, os Estados Unidos e a União Soviética foram aliados por um curto período de tempo contra a Alemanha, seu inimigo comum.

Naquela época, o então presidente americano, Franklin Roosevelt, usou pela primeira vez a medida de empréstimo e arrendamento, que eliminou obstáculos burocráticos para canalizar bilhões de dólares em equipamentos a aliados europeus, inclusive os soviéticos.

 

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