Seg, 15 de Dezembro

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Amupe e CNM ainda cautelosas sobre projeto que garante o piso da enfermagem

Gestores estão cautelosos porque prefeitos ainda não sabem como vão pagar pelo reajuste

Presidente da Amupe, prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT)Presidente da Amupe, prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT) - Foto: Divulgação

Amupe e CNM ainda cautelosas sobre projeto que garante o piso da enfermagem
_Gestores estão cautelosos porque prefeitos ainda não sabem como vão pagar pelo reajuste_

A presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Márcia Conrado (PT), e o Secretário da Confederação Nacional dos Municípios, Eduardo Tabosa, mantiveram, nesta quarta-feira (19), silêncio sobre o Projeto de Lei assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que garante o piso da enfermagem. Tanto Márcia quanto Eduardo esperam estudar com mais profundidade o assunto antes de se posicionar. A cautela tem uma explicação. Eles representam prefeitos e prefeitas que temem não conseguir pagar o novo piso para os profissionais da enfermagem, caso seja aprovado na próxima semana, em reunião conjunta da Câmara e do Senado. 

A polêmica do piso da enfermagem já dura sete meses e vários protestos foram realizados pelo País, estendendo-se para a gestão de Lula, inclusive quando ele esteve em visita ao Recife. O presidente disse que a fonte de recursos será o Ministério da Saúde. “O piso da enfermagem é uma das cobranças que mais ouvi desde a campanha. Pude assinar um projeto de lei de R$ 7,3 bilhões para o Ministério da Saúde, para incluirmos no orçamento da pasta o pagamento do piso da categoria, valorizando a enfermagem”, disse o presidente ao assinar o projeto.

“O compromisso para esse apoio financeiro a Estados e municípios é ao setor público, ao setor filantrópico, ao privado que atende 60% (de pacientes) do SUS (Sistema Único de Saúde. Ou seja, é o compromisso com o SUS e é o compromisso com a valorização da categoria da enfermagem”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade (Sa

De acordo com o PLN assinado por Lula e enviado novamente ao Congresso, o piso da categoria passa a ter novos valores. Os enfermeiros vão receber, no mínimo, R$ 4.750. Já o valor base para técnicos de enfermagem é de R$ 3.325 e o de auxiliares e parteiras de R$ 2.375. 

Segundo levantamento do Conselho Federal de Enfermagem, atualmente mais de 693,4 mil enfermeiros atuam em todo o país. De acordo com o mesmo banco de dados, o país conta com 450,9 mil auxiliares de enfermagem e mais de 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, integrando cerca de 2,8 milhões de profissionais em atuação, nas três funções em todo o país.

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