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Corte de gastos na mira do novo chefe do MPPE

Francisco Dirceu Barros visitou a redação da Folha de PernambucoFrancisco Dirceu Barros visitou a redação da Folha de Pernambuco - Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
Recém-eleito para comandar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no biênio 2017-2019, Francisco Dirceu Barros assume o órgão com a missão aproximar as ações do MPPE da população. Com um déficit de mão de obra e a falta de dinheiro para honrar as despesas com a folha de pagamentos dos servidores, Barros, escolhido pelo governador Paulo Câmara (PSB) a partir de uma listra tríplice, pretende, ainda, promover cortes internos para equilibrar o orçamento, considerado preocupação primária pelo chefe do MPPE.

De acordo com Francisco Dirceu Barros, Pernambuco conta, atualmente, com 391 promotores. No entanto, o déficit, no Estado, é de 170. "Nós temos um concurso aberto, tem 102 para chamarem. Só chamamos 16. O concurso encerra agora, mas eu vou prorrogar por dois anos, é um compromisso meu", afirmou o procurador-geral de Justiça do MPPE.

"Nossa preocupação primária é o nosso orçamento. Nós precisamos pagar a folha e precisamos de dinheiro para investir. Nós temos um Gaeco (Grupo de atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que em todo o Brasil é muito bom, que está trabalhando, mas o projeto são oito promotores e só tem dois. Temos o NIMPPE (Núcleo de Inteligência do MPPE), que são oito promotores e só tem um. Como é que eu posso dar resposta à sociedade sem estrutura?", questionou.

Apesar do desejo e de reconhecer a necessidade de mais promotores atuando em Pernambuco, Barros revelou que o órgão se vê diante de um orçamento apertado. "Não tenho dinheiro para pagar a folha de pagamento. A folha, que é o básico do básico, faltam R$ 54 milhões", disse.

As ações em busca de diminuir gastos também contam com cortes internos. "Solicitei ao novo secretário para fazer um enxugamento total na máquina do Ministério Público, porque é tempo de economia. Tempo de economia e de usar a criatividade também para a gente superar esse momento de crise", explicou. Para tanto, foram suspensas todas as comissões, formadas por servidores da casa, para auxiliar os promotores com muita demanda de trabalho. Segundo o procurador-geral de Justiça do MPPE, o corte foi preciso, pois as comissões geravam um custo muito alto para o órgão.

Outra medida defendida pelo novo procurador é a reposição salarial para os servidores do Ministério Público, que, segundo ele, corresponde a uma perda durante dez anos. Em segundo lugar, estaria o anuênio. O tema, inclusive, foi alvo de polêmica envolvendo Barros em gravação polêmica que circulou nas redes sociais.

Francisco Dirceu Barros visitou, nesta quarta-feira (25), a redação da Folha de Pernambuco, onde foi recebido pela editora-chefe, Patrícia Raposo. Na ocasião, convidou para a sua posse, marcada para o dia 3 de fevereiro, às 19h, no Auditório Tabocas, no Centro de Convenções de Pernambuco. Diante de um orçamento apertado, promoverá um jantar comemorativo de adesão no Spettus Derby para os convidados, cuja cota é R$ 70 por pessoa.

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