Gleide Ângelo questiona decreto de Bolsonaro sobre posse de arma
"O que soluciona o problema de violência é ter uma segurança pública que dê proteção ao cidadão. É estruturar as polícias, com policiais bem capacitados e quantidade grande de policiamento. A gente vê policias mortos reagindo ao assalto com arma na mão. O que me preocupa é o cidadão de bem. Ele está preparado para reagir?", indagou a deputada.
Gleide chamou à reflexão sobre os riscos do decreto agravar o número de homicídios. "Em dia de jogo de futebol, o que será as pessoas armadas na rua? A gente vê que os crimes de intolerância aumentaram muito. Pessoas que matam por intolerância não têm condições de estar armadas", comentou.
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A parlamentar lembrou que existe uma diferença grande entre posse e porte de armas. A posse diz respeito à guarda da arma em residências e estabelecimentos comerciais. E o porte faz referência ao uso das armas nas ruas. Este precisa de aprovação de emenda constitucional no Congresso. Ainda assim, segundo ela, o fato de liberar a posse, ainda que com restrições e regras, como há no decreto, pode fazer as pessoas se sentirem à vontade de sair armadas de casa.
"A gente tem que lutar por uma segurança fortalecida para a população. Precisamos ter pessoas capacitadas, com treinamento constante. Se a gente tiver um investimento grande na polícia, o cidadão vai sair ganhando", insistiu a deputada.
Equiparação salarial - Gleide Ângelo criticou a ideia da equiparação salarial dos salários das polícias Civil e Militar. "É inconstitucional. A Polícia Militar tem uma competência e a Civil tem outra. Mas todo mundo tem que ganhar bem. Os policiais botam a vida em risco por pessoas que não conhecem", disse.



