Lula sobe o tom contra feminicídio e propõe movimento nacional de homens em defesa das mulheres
Presidente questiona efetividade da punição do Código Penal aos agressores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou de maneira firme contra o feminicídio e convocou os homens a entrarem num movimento de combate à violência contra mulher.
Durante a oficialização da ampliação da Refinaria Abreu e Lima, na cidade de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, Lula citou casos recentes de agressão à vida de mulheres que tiveram repercussão nacional.
Citou, inclusive, a tragédia registrada no Recife, no sábado (29), quando um homem, embriagado, incendiou a casa, matando a mulher e os quatro filhos, no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife.
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O presidente questionou a efetividade das punições estabelecidas no Código Penal.
“O Código Penal tem pena para fazer justiça com um animal irracional como esse? Se o cara tiver dinheiro, como o que deu 60 socos na cara da mulher no elevador, fica dois, três anos na cadeia e vai para a rua bater em outra mulher”, questionou o presidente.
Lula revelou que a decisão de atuar mais incisivamente sobre a pauta vem de um pedido da primeira dama Janja da Silva. O presidente cobrou responsabilidade dos homens nas relações com mulheres e propôs um movimento nacional de luta por essa pauta.
“É preciso que haja um movimento nacional dos homens contra os ‘animais’ que batem, judiam e maltratam das mulheres. Contra os que estupram, como o que fez isso contra uma menina de dois anos na Bahia. Que pena merece um desgraçado desse? Até a morte é suave”, esbravejou Lula.



