No Cafezinho: Luiz Otávio Cavalcanti avalia que "o PT não enxerga um líder além de Lula"
Programa traz avaliação do cenário político e econômico brasileiro
Vai ao ar neste sábado, uma edição especial do programa “No Cafezinho”, no YouTube da Folha de Pernambuco, com Luiz Otávio Cavalcanti, ex-secretário de Planejamento de Pernambuco, referência em análise política e colunista do jornal, com textos publicados nas segundas-feiras.
A entrevista foi conduzida pela editora-chefe da Folha de Pernambuco, Leusa Santos e pela editora de política e economia do jornal, Carol Brito. Durante os 36 minutos de conversa, Luiz Cavalcanti abordou as principais transformações do cenário político atual, analisou o papel dos militares ao longo da história e traçou projeções para os campos da esquerda, do centro e da direita.
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O colunista destacou que o Brasil atravessa um momento de transição política, marcado pela polarização ideológica e pelo desafio de equilibrar as demandas econômicas com as sociais. Ao analisar a esquerda, Luiz Cavalcanti destacou que este campo enfrenta o desafio de se renovar enquanto mantém sua base popular ativa.
“O PT é o partido de um homem só, porque não se enxerga um líder além de Lula. Apesar da boa capacidade de Fernando Haddad, ficou demonstrado quando ele foi candidato que lhe falta carisma”, pontuou.
Quanto à direita, Cavalcanti observou que seu avanço recente no Brasil está atrelado a um discurso de eficiência econômica e combate à corrupção. No entanto, ele alertou que a ausência de projetos sociais sólidos pode se tornar um fator de desgaste.
“Existem várias alas ideológicas diferentes na direita. A direita clássica, liberal, foi abalada pela presença de Jair Bolsonaro. O ex-presidente é um político claramente com vocação autoritária e distante do modelo clássico do político liberal”, argumentou.
Cavalcanti também refletiu sobre o papel das Forças Armadas no contexto histórico e atual. Ele reconheceu que os militares desempenharam um papel central na construção do Brasil moderno, mas alertou para os riscos de sua politização.
“É essencial que as Forças Armadas permaneçam como um pilar de estabilidade e não como um ator político direto. É preciso revogar o artigo 142 da Constituição Federal, pois ele abre as portas para o golpe”, argumentou.
A entrevista completa pode ser conferida no canal do YouTube da Folha de Pernambuco. Para saber mais sobre as análises do professor Luiz Otávio Cavalcanti, basta ler a coluna “Um Ponto de Vista do Marco Zero”, todas as segundas-feiras, no jornal. A coluna discute assuntos políticos, econômicos, culturais, além de diversos temas que permeiam a sociedade.
Confira a edição do programa No Cafezinho na íntegra:



